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Dona da Google e startup israelita Wiz terminam negociações para negócio de 23 mil milhões

O ponto final naquele que seria o maior negócio de sempre para o grupo de Mountain View estará relacionado com questões regulatórias. A impresa internacional diz que as administrações temiam que o acordo não tivesse ‘luz verde’.
23 Julho 2024, 09h20

A empresa norte-americana Alphabet, casa-mãe da Google, e a tecnológica israelita Wiz terminaram as negociações sobre uma proposta de aquisição de 23 mil milhões de dólares (cerca de 21 mil milhões de euros) e puseram um ponto final àquele que seria o maior negócio de sempre para o grupo de Mountain View.

As conversações entre a Alphabet e a startup de cibersegurança, fundada em Telavive e com sede em Nova Iorque, vieram a público há pouco mais de uma semana. No entanto, havia dúvidas das duas partes em relação à ‘luz verde’ dos reguladores dos Estados Unidos (EUA), de acordo com o jornal “Financial Times”.

Num email do cofundador da Wiz para os trabalhadores da empresa, consultado por vários meios de comunicação internacionais, Assaf Rappaport admite que “é difícil” dizer “não” a propostas desta dimensão. “Embora estejamos lisonjeados com as ofertas que recebemos, optámos por continuar o nosso caminho para construir a Wiz”, referiu aos colaboradores.

Assaf Rappaport escreveu ainda que a tecnológica israelita se iria concentrar nas próximas etapas: avançar para um Initial Public Offering (IPO) e atingir os mil milhões de dólares em receitas recorrentes anuais. A Wiz, que foi avaliada pela última vez em 12 mil milhões de dólares (na ordem dos 11 mil milhões de euros), conta com o apoio de sociedades de capital de risco como a Sequoia Capital e a Thrive Capital.

Administradores tanto da Alphabet como da Wiz receavam que o acordo não fosse aprovado e, assim que o mesmo se tornou público, no início da semana passada, foi o descambar do processo, segundo explicaram várias fontes à publicação britânica. “Lina Khan [presidente da Comissão Federal de Comércio dos EUA] matou outro acordo”, disse uma pessoas conhecedoras da operação.

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