A Alphabet, casa-mãe da Google, estreou-se no mercado em 1998 e desde então tem vindo a apresentar uma evolução consistente, seja pelo seu desenvolvimento pessoal e ferramentas que chega aos consumidores ou pela gigantesca capitalização que já soma. Recentemente, e de acordo com dados recolhidos pela “Stocklytics”, a dona da Google ultrapassou receitas na ordem dos dois biliões de dólares desde a sua fundação.
Indica a mesma análise que as receitas vitalícias da empresa estão agora nos 2.082 biliões de dólares (1.886 biliões de euros), um número que avançou por conta dos resultados do último trimestre.
“O ano de 2024 começou bem. Embora os resultados do lucro do primeiro trimestre tenham recuado um pouco em relação ao trimestre anterior em quase 6%, representam um aumento de 15% em relação ao trimestre homólogo”, sustenta a análise às contas apresentadas pela Alphabet.
Na verdade, foram as pesquisas da Google e o negócio da cloud que elevaram os lucros até aos 47 mil milhões no primeiro semestre de 2024, com a receita com publicidade a crescer 13% e a cloud a subir 28%, ambas em termos anuais.
Foi também no último trimestre que a dona da Google anunciou o primeiro dividendo e revelou o programa de recompra de ações na ordem dos 70 mil milhões de dólares (65,2 mil milhões de euros, câmbio à data do anúncio). Só as ações da Alphabet já subiram mais de 31% quando analisado o acumulado do ano, um valor que excede o crescimento de 20% do Nasdaq Composite, indica a “Stocklytics”.
No primeiro semestre de 2023, a casa-mãe da Google tinha acumulado mais de 143,7 mil milhões de dólares em receitas, com 69,4 mil milhões no primeiro trimestre e 74,3 mil milhões no segundo trimestre. No final do ano, a receita da empresa atingiu mais de 305,6 mil milhões, os maiores lucros anuais até à data, com a maioria dos resultados a chegarem do serviço de publicidade.
“Inicialmente, a Alphabet dependia muito da publicidade no seu motor de pesquisa para as receitas. No entanto, conforme a expansão da Internet, a influência do Google também crescia, levando ao desenvolvimento de uma ampla gama de plataformas que maximizavam o seu potencial de receita”, refere Edith Reads, analista financeira da Stocklytics, numa menção às receitas conseguidas com as empresas adquiridas ou serviço de cloud.
“Hoje, o amplo alcance dos anúncios do Google e do Youtube são os principais impulsionadores por trás dos impressionantes ganhos da empresa”, sustenta a analista, confirmando a mudança que tem sido visível nas contas da empresa cotada na Bolsa de Valores de Nova Iorque.
A infraestrutura com base de Inteligência Artificial (IA) da empresa poderá vir a ser a sua principal fonte de receita nos próximos anos. Quem o diz analisou cuidadosamente esta secção que tem vindo a ganhar poder dentro da própria Alphabet e de outras empresas tecnológicas.
Exemplo disso mesmo é o facto da empresa ter investido mais de 12 mil milhões de dólares para o desenvolvimento de mais data centers, concentrando forças na cloud e nas infraestruturas que a suportam.
Só a receita operacional da Google Cloud disparou para 900 milhões de dólares entre janeiro e março deste ano face aos 191 milhões do mesmo período de 2023, numa elevação de 371%. É com base nestes dados que a análise sustenta que esta pode vir a ser a área com o maior crescimento dos próximos anos.
Atualmente, e como já referido, o Google Cloud e a publicidade (anúncios do Youtube e Google Ads) são as principais fontes de receita e lucros da Alphabet.
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