O grupo IAG, que integra a British Airways (BA), a Iberia, a Vueling, a Aer Lingus e a Level, mantém o interesse em adquirir a transportadora aérea nacional, apesar da paralisação do processo de privatização causada pela queda do governo de Luís Montenegro, avança o jornal espanhol “El Economista”. O Estado português, proprietário de 100% do capital da empresa, pretende vender parte ou a totalidade da TAP.
Os três grandes grupos aéreos europeus – Lufthansa e Air France-KLM e IAG – manifestaram publicamente interesse no negócio. Para viabilizar a aquisição, a IAG aposta na mesma estratégia que utilizou para comprar a companhia aérea irlandesa Aer Lingus em 2015 – utilizar o aeroporto de Dublin como um hub para as rotas transatlânticas. Agora, a estratégia passa por manter o aeroporto de Lisboa como ‘hub’ da TAP, dado que a transportadora portuguesa oferece uma vantagem geográfica que poderia reforçar a conetividade da IAG entre a Europa, a América Latina e África.
“O hub é muito importante, vejam o caso do hub de Dublin”, afirmou o CEO Jonathan Sullivan, apontando que desde que a IAG comprou a Aer Lingus, em 2015, a companhia irlandesa aumentou a sua operação. “A nossa estratégia central é desenvolver os hubs. O hub de Lisboa é um ativo estratégico para a TAP e é um ativo estratégico para crescer”, acrescentou num encontro com jornalistas portugueses na sede da Aer Lingus em Dublin, realizado em janeiro deste ano.
O presidente francês, Emmanuel Macron, tornou-se recentemente o principal aliado da Air France na sua tentativa de adquirir a TAP, expressando a sua intenção de “encontrar uma forma inovadora de casamento” entre as duas companhias aéreas. A Lufthansa, por sua vez, ainda não se pronunciou diretamente sobre a aquisição da TAP, mas no setor já dá como certa a sua participação no processo de privatização.
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