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Dona do Minipreço adia pagamento da dívida para maio e anuncia perdas de 150 milhões

O grupo espanhol Dia chegou a um acordo com os bancos credores que permite adiar o pagamento de 912 milhões de euros até 31 de maio, numa altura em que faltam apenas quatro dias para terminar o período da aceitação da OPA da LetterOne.
29 Abril 2019, 07h34

O grupo de distribuição espanhola Dia, que em Portugal é dona da cadeia Minipreço anunciou um acordo com os bancos credores para adiar o pagamento de 912 milhões de euros até 31 de maio, revela o jornal espanhol “Expansión” esta sexta-feira.

Numa altura em que faltam apenas quatro dias para o fim do período de aceitação da OPA, lançada pela empresa LetterOne, propriedade do milionário russo Mikhail Fridman, o grupo Dia revela que este adiamento servirá “para concordar e promover um aumento no capital ou qualquer outro instrumento comparável ao capital social em termos satisfatórios para os credores financeiros”, informou a empresa num comunicado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).

Esta é o segundo alargamento de prazo alcançado pela empresa, depois de ter assinado um acordo semelhante a 31 de dezembro, no qual se comprometeu a realizar um aumento de capital de 600 milhões de euros no primeiro trimestre de 2019. A LetterOne, a maior acionista da Dia, com 29% do capital, comprometeu-se a fazer essa injeção de liquidez, se a sua oferta pública de aquisição (OPA) for aceite.

A empresa controlada por Fridman oferece aos acionistas do grupo de distribuição 0,67 euros por ação, preço que os acionistas minoritários rejeitaram por considerarem insuficiente.

O prazo para essa OPA se concretizar termina amanhã, terça-feira, dia 30 de abril, mas é provável que Fridman peça, também aqui uma prorrogação do prazo, uma vez quer no ginal da semana passada tinha apenas seguido adquirir 5% dos cerca de 35% de capital do Dia que impôs como condição para a OPA ser bem sucedida.

Perdas de 150 milhões no primeiro trimestre de 2019

O grupo Dia avançou na passada sexta-feira sexta-feira as projeções sobre os resultados alcançados pela companhia no primeiro trimestre do seu ano fiscal, que serão oficialmente apresentados a 14 de maio. A empresa prevê perdas entre 140 e 150 milhões de euros, em comparação com os 16,3 milhões registados no mesmo período do ano passado.

Nos primeiros três meses do ano, a dívida financeira do grupo Dia aumentou para 1.702 milhões de euros, 250 milhões a mais do que no final de 2018, de acordo com as projeções do grupo.

Além de Espanha, o grupo de distribuição alimentar está presente na Argentina, Brasil e Portugal.

No mercado nacional, o grupo está presente essencialmente através do Minipreço, que contava com 532 lojas no final do ano passado, das quais 223 próprias e 309 em regime de franquia.

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