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Dona do Minipreço sai de falência técnica após chegar a acordo com os credores

O grupo espanhol Dia anunciou que cumpriu as condições de suspensão do contrato de refinanciamento assinado a 25 de junho, tendo os seus títulos recuperado quase 12%.
18 Julho 2019, 12h22

A cadeia de supermercados Dia, que em Portugal é dona do grupo Minipreço, contando com mais de 600 lojas no país e 3.500 colaboradores, anunciou que saiu do estado de falência técnico, depois de cumprir das condições de refinanciamento assinado a 25 de junho com os seus credores, avança o jornal espanhol “Expansión” esta quinta-feira.

A empresa espanhola e o seu maior acionista, o investidor russo Mikhail Fridman, negociavam há vários meses um acordo com as entidades credoras, entre as quais estavam uma dúzia de bancos, para que cadeia de distribuição pudesse ser viável, dado estar mergulhada em graves problemas financeiros e estruturais.

No dia 25 de junho, o grupo Dia e Mikhail Fridman chegaram a um acordo com 17 credores do grupo de distribuição para o refinanciamento das suas dívidas. Este acordo inclui novas linhas de liquidez no valor de 280 milhões de euros, dos quais 80 milhões serão destinados aos fornecedores.

Além disso, o fundo LetterOne, a empresa controlada pelo milionário russo, contribuiu com 500 milhões de euros necessários para a viabilidade imediata da empresa. O grupo Dia teria que cumprir as condições estabelecidas antes de 15 de julho, mas devido a problemas na formalização dos diferentes acordos, a empresa foi obrigada a prolongar a data, cujo limite era até esta sexta-feira.

Entre as diversões condições estão a assinatura de dois empréstimos pela LetterOne, no total de 490 milhões de euros, dos quais 184 milhões foram dispendidos pela cadeia de supermercados espanhola, sendo o restante utilizado integralmente para saldar os títulos que expiram na próxima segunda-feira, dia 22 de julho.

De acordo com as últimas contas apresentadas pelo grupo, relativas ao primeiro trimestre de 2019, o Dia apresentou um património líquido negativo de 308 milhões de euros, após registar perdas de 144 milhões durante este período.

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