[weglot_switcher]

Donald Trump consegue primeiras sondagens favoráveis na Florida e Arizona desde há meses

Presidente norte-americano teve as primeiras boas notícias no espaço de meses em dois dos estados que o levaram à Casa Branca em 2016. Mas o conjunto das sondagens continua a deixá-lo mais de seis pontos atrás de Joe Biden e em desvantagem na maioria dos “swing states” decisivos para as eleições de 3 de novembro.
23 Setembro 2020, 18h15

O presidente norte-americano Donald Trump, que vai enfrentar o candidato democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 3 de novembro, obteve nesta quarta-feira as primeiras sondagens independentes que lhe dão vantagem sobre o antigo vice-presidente de Barack Obama no espaço de vários meses nos estados da Florida e do Arizona, onde foi o mais votado em 2016.

Segundo uma sondagem da ABC News e do “Washington Post”, Trump surge com quatro pontos de vantagem sobre Biden (51%-47%) na Florida, e apesar de outras duas sondagens realizadas no estado – pela St. Peter Polls e pela CNBC/Change Research, sendo esta útima ligada ao Partido Democrata – colocarem o democrata três pontos percentuais à frente, Biden passou a ter apenas 1,5 pontos de vantagem nesse “campo de batalha” eleitoral, que vale 29 votos no colégio eleitoral que decide quem ficará na Casa Branca, só atrás da Califórnia (55) e do Texas (38).

As últimas sondagens independentes favoráveis ao candidato republicano datavam do início de março, quando a Univision atribuiu três pontos de vantagem a Trump, que no trabalho da Florida Atlantic University tinha mais dois pontos de vantagem. Desde então, entre as 34 sondagens realizadas no estado decisivo, a única que colocara o atual presidente à frente do adversário democrata, com três pontos de vantagem, fora realizada pelo Trafalgar Group, que tem ligações ao Partido Republicano.

Quanto à sondagem da ABC News e “Washington Post” relativa ao Arizona, Trump surge com um ponto de vantagem sobre Biden, numa posição que não tinha desde o início de agosto, quando o Trafalgar Group, conotado com os republicanos, atribuiu um ponto de vantagem ao atual presidente dos Estados Unidos, sendo necessário recuar até ao final de junho para encontrar um estudo de opinião independente, da Gravis, a apontar uma vantagem (de quatro pontos) do incumbente sobre o candidato democrata.

Outra sondagem relativa ao Arizona revelada nesta quarta-feira, da CNBC/Change Research, conotada com os democratas, traz piores notícias para o ocupante da Casa Branca, que fica seis pontos atrás de Biden. Tradicionalmente um bastião republicano, o estado do Oeste, que em 2016 deu os 11 votos no colégio eleitoral a Donald Trump, é um dos swing states em que a sua vitória a 3 de novembro parece mais incerta, limitando as escassas hipóteses de reeleição.

Apesar de ter tido quase menos três milhões de votos do que a democrata Hillary Clinton nas presidenciais de 2016, Donald Trump triunfou no colégio eleitoral com 304 votos, contra apenas 227 da rival, tendo sete “grandes eleitores” optado por votar noutros candidatos. Para essa vitória contribuíram os triunfos na Florida, Carolina do Norte e Ohio, três swing states que tinham sido decisivos para o anterior presidente republicano George W. Bush, mas também nos estados do Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, onde o multimilionário cativou eleitorado tradicional do Partido Democrata.

Neste momento, além de as sondagens nacionais indicarem uma desvantagem de 6,6 pontos percentuais em relação a Joe Biden, Donald Trump encontra-se atrás do rival democrata em todos esses seis estados, bem como no Arizona. Algo que não impede Nate Silver, “mago” das sondagens que dirige o site FiveThirtyEight, de lhe apontar 23% de hipóteses de ser reeelito presidente dos Estados Unidos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.