A matemática é simples: salvo se se estivesse perante um caso avassalador (alta traição ou coisa do género) o impeachment é, não por definição mas na prática, um acontecimento político. Nada mais: nem sequer é um julgamento, daqueles à americana, onde uma dúvida fundamentada pode ser mais importante que a evidência da verdade. Ora, sendo os republicanos maioritários no Senado, a câmara alta onde tudo acabará (se lá chegar) por decidir-se – com uma maioria de 53 lugares contra 45 – e tendo os senadores de agregar mais de 66% a favor do impeachment (o que quer dizer que 20 republicanos teriam que se juntar aos democratas para ‘sanear’ Trump) ninguém no seu perfeito juízo (crítico) pode estabelecer o cenário da expulsão do presidente como uma hipótese credível.
Mas talvez o maior impedimento seja o próprio Trump. O presidente já deu mostras de ter uma grande dificuldade em manter-se calado – principalmente quando frontalmente atacado. E não se cala num tom que varia entre a acusação vociferante e a torrente acusatória enormemente vociferante – o que tem o benefício de ‘deitar tudo cá para fora’ e de agregar em seu torno um caudal que vai espalhando a dúvida mesmo entre os que mais estão contra a sua atuação.
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