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Donald Trump suspende negociações para estímulos à economia e abala Wall Street

O presidente dos Estados Unidos deu ordens para parar as negociações sobre o novo pacote de estímulos à economia, para conter os efeitos da pandemia, e a bolsa de Nova Iorque não resistiu, com os principais índices a caírem mais de 1%.
Reuters
6 Outubro 2020, 21h06

O presidente dos Estados Unidos deu esta terça-feira ordens à Casa Branca para suspender as negociações sobre novos estímulos à maior economia do mundo e Wall Street não resistiu. A bolsa de Nova Iorque caiu abruptamente, depois dos ganhos dos últimos dias.

“Dei indicações aos meus representantes para pararem de negociar até depois das eleições, quando, imediatamente depois de eu ganhar, aprovaremos um grande projeto de lei de estímulo que se concentra nos trabalhadores norte-americanos e nas pequenas empresas”, informou Donald Trump, através de tweets, depois de não reunir consenso com os democratas na Câmara dos Representantes.

Entre os principais índices de Wall Street, o industrial Dow Jones caiu 1,34%, para os 27.772,30 pontos, o financeiro S&P 500 perdeu 1,40%, para os 3.360,81 pontos e o tecnológico Nasdaq recuou 1,57%, para os 11.154,60 pontos. Já o Russell 2000 desvalorizou 0,52%, para os 1.572,70 pontos.

O presidente norte-americano quer dar prioridade à aprovação de sua “excelente indicada” para o Supremo Tribunal, Amy Coney Barrett. “A nossa economia está a ir muito bem. O mercado financeiro está em níveis recordes, empregos e desemprego…”, escreveu ainda Donald Trump, numa série de publicações na rede social Twitter onde tece também acusações à presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi.

No mercado petrolífero, destaque para o facto de o preço do ‘ouro negro’ ter estabilizado depois de registar subidas superiores a 5%. O valor do petróleo WTI, produzido no Texas, sobe 2,14% para 42,11 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent está a valorizar 1,99% para 42,11 dólares.

Os analistas da XTB destacam o valor do ouro, que volta a testar zonas importantes. “Pode-se ver que o preço está mais uma vez a testar a zona de resistência, essa zona está marcada com uma cor roxa”, apontam numa nota de mercado. “Enquanto o preço ficar abaixo de 1.915 dólares, a continuação do movimento de queda parece possível. No entanto, deve-se ter em mente que a chance de quebrar assim que os compradores conseguirem romper a zona de resistência então poderá dar início a um novo bullish momentum no preço”, apontam.

Quanto ao mercado cambial, o euro desvaloriza 0,26% face ao dólar, para 1,1751 dólares, e a libra perde 0,54% face à moeda dos Estados Unidos, para 1,2908 dólares.

A nível macroeconómico, o dia foi marcado pela maior subida do défice comercial externo dos EUA desde 2006. Em agosto, a balança comercial norte-americana apresentou um saldo negativo de 67,1 mil milhões de dólares (cerca de 57,1 mil milhões de euros), um número acima da previsão dos analistas, que apontava para um saldo negativo de 66,2 mil milhões de dólares (perto de 56,4 mil milhões de euros).

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