“Um dia antes do sétimo aniversário do discurso do ‘tudo que for necessário’, Mario Draghi ontem preparou claramente o terreno para mais um (e o seu último) ‘tudo que for necessário’ em setembro”. A frase de Carsten Brzeski, economista-chefe do ING Germany, resume o déjà-vu que marca o inesperado ‘finale’ do mandato do italiano à frente do Banco Central Europeu (BCE).
A expectativa que rodeava a reunião do Conselho de Governadores era grande, após Draghi ter afirmado, a 18 de junho no Fórum BCE em Sintra, que podem ser necessárias novas medidas de estímulo para a zona euro, não descartando, em caso de necessidade, um corte nas taxas de juros.
Os analistas não descartavam que o BCE pudesse já anunciar a implementação de medidas concretas, mas apostavam que Draghi desse um vislumbre das opções que poderá lançar em setembro. Não foi preciso esperar pela conferência de imprensa, o comunicado abriu logo o jogo
O BCE reteirou que as taxas de juro deverão manter-se nos níveis atuais até ao final da primeira metade de 2020, mas acrescentou que também podem descer. Em relação às taxas de inflação, admitiu pela primeira vez que, tanto a real como a projetada, se têm mantido de forma persistente abaixo da meta.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com