[weglot_switcher]

Duarte Pacheco: “Não podemos utilizar o Estado como forma de premiar comportamentos ou amigos”

O deputado do PSD abordou a saída de Mário Centeno do cargo de Ministro das Finanças. “Durante estas duas semanas estivemos a viver um ligeiro teatro e com alguma hipocrisia entre o primeiro-ministro e o Ministro das Finanças”, referiu.
9 Junho 2020, 14h06

O deputado social-democrata Duarte Pacheco comentou esta terça-feira, 9 de junho a saída de Mário Centeno do cargo de Ministro das Finanças, esperando que esta demissão não seja vista como um prémio para um novo cargo. “Não podemos utilizar o Estado como forma de premiar comportamentos ou amigos”, referiu.

“Esperemos ainda que esta remodelação não seja agora premiada à revelia do Parlamento para outras funções no Estado, de forma que a independência das instituições seja salvaguardada e é isso que deve estar hoje na mente de todos nós. As instituições têm a sua dignidade e a dignidade das mesmas tem que estar acima dos jogos pessoais que infelizmente, neste processo parecem estar bem evidentes”, afirmou o deputado do Partido Social Democrata (PSD).

Para Duarte Pacheco, o abandono de Mário Centeno apenas vem confirmar aquilo que Rui Rio havia dito há duas semanas, quando afirmou que o agora ex-Ministro das Finanças “não tinha condições para continuar” no cargo. O deputado foi ainda mais longe nas críticas e salientou que “durante estas duas semanas estivemos a viver um ligeiro teatro e com alguma hipocrisia entre o primeiro-ministro e o Ministro das Finanças”.

Sobre uma eventual mudança de Mário Centeno para o cargo de Governador do Banco de Portugal, o deputado sublinhou que “as entidades independentes não podem ser tratadas como direções gerais, em que de repente, alguém sai do Conselho de Ministros e pede ao seu secretário de Estado para o nomear e ir dirigir uma dessas instituições crendo transparecer que depois a vai exercer de forma independente”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.