Ex-Comissário Europeu, ex-ministro da Defesa, ex-diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino considera que está chegado o momento de a União Europeia gerir o destino da sua própria segurança. Mas reconhece que, para isso, tem de ser bem mais ativa em termos da construção de uma diplomacia que sirva esse propósito. Uma conversa onde lembrou os traços de continuidade entre Joe Biden e Donald Trump e onde couberam todas as perguntas menos uma: se vai candidatar-se à presidência da República portuguesa.
Em 2016, Donald Trump apareceu como uma espécie de epifenómeno. Nos quatro anos seguintes a União Europeia fez-se de morta, à espera que aquilo passasse. Quatro anos depois, respirou de alívio. Quatro anos mais tarde estamos onde estamos. Como vê o que está a passar-se neste momento, numa altura em que estamos num intervalo antes e depois da vinda das tarifas que a Casa Branca decidiu lançar sobre o mundo inteiro?
Há uma coisa que é clara: Trump II é muito diferente de Trump I, para pior. Em segundo lugar, esta chuva de decisões nestes primeiros 70 dias indiciam não apenas um mandato que vai ser disruptivo, mas também uma corrida contra o tempo. Porque esta estratégia de choque e pavor não pode ignorar os impactos que vai ter na vida política interna americana, designadamente na economia americana. E esta administração Trump tem um encontro com os eleitores dentro de dois anos.
Exatamente. As intercalares de novembro de 2026.
Em terceiro lugar, depois destas decisões que estão a ser tomadas, há uma moratória de 90 dias para o modelo dos 20% que foi anunciado em relação à União Europeia. Estas medidas indiciam que, qualquer que seja o resultado da moratória, nós não vamos voltar ao que existia antes.
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