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“É importante a população envelhecer, é bom sinal, mas é importante que envelheça com qualidade”

No terceiro episódio sobre o tema da Saúde, o InNova Talks aborda os desafios da inovação na saúde.
30 Julho 2024, 20h05

Neste episódio deste projeto da Media 9 e da Nova SBE, Filipe Alves, diretor d’O Jornal Económico, esteve à conversa com Pedro Pita Barros, professor a Nova SBE, Inês Nobre Guedes, Medical & Regulatory Country Head da Takeda e Carlos Martins, CEO da Sabseg, sobre a importância da inovação para responder aos novos desafios na área da saúde.

O primeiro tema em debate foi o envelhecimento, com Pedro Pita Barros a clarificar que o “envelhecimento não é um problema, ou se é um problema é um problema bom”. Para o professor da Nova os grandes desafios do envelhecimento estão ligados à inovação e aos custos que esta traz. Outro dos desafios é a adaptação das instituições, nomeadamente do Serviço Nacional de Saúde para as necessidades de uma população mais envelhecida.

Para Inês Nobre Guedes a inovação exige investimento, dando como exemplo a Takeda que investiu “no ano de 2023 4.5 biliões de dólares na investigação e desenvolvimento de novas moléculas”. Mas este investimento, ainda que seja a longo prazo, traz poupanças a nível da prevenção de doenças, de intervenções cirúrgicas mais precocemente. Para a executiva da Takeda “é importante que a população envelhecer, é bom sinal, mas é importante que envelheça com qualidade” e para isso é preciso inovação: no diagnóstico precoce, na medicina de precisão, com tratamentos mais eficazes, permitindo chegar à idade da reforma com qualidade de vida. Nobre Guedes abordou ainda a importância da inteligência artificial, através do tratamento de dados, dar uma maior capacidade de prevenir problemas de saúde.

O CEO da Sabseg aponta a importância da passagem de uma medicina reativa para uma medicina pró-ativa, sobretudo para as seguradoras. “Se formos capazes de identificar atempadamente uma disposição para determinado tipo de problemas ou de forma precoce conseguirmos identificar problemas, ou mesmo através de pequenos sinais como a IA consegue, com diferenças sutis encontrar padrões que se afastam e levam a uma identificação precoce, com tudo isso nós vamos conseguir melhorar a qualidade de vida das pessoas, prestar um atendimento às pessoas muito mais capaz, e sobretudo conseguir um controlo dos custos” ao evitar hospitalizações e doenças crónicas. Por isso, para Carlos Martin, a medicina preventiva terá um papel cada vez maior para as seguradoras.

Pode assistir aqui ao episódio completo e aos outros episódios do projeto InNova Talks, onde os grandes temas da atualidade económica são analisados por académicos e empresários

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