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“É preciso olhar com lucidez para a I&D das empresas”, diz Maria de Lurdes Rodrigues

Maria de Lurdes Rodrigues alerta: não é possível que as empresas executem dois terços do financiamento destinado à investigação e desenvolvimento do país e só empreguem mil doutorados.
8 Junho 2025, 21h00

Poderão milhões e milhões de euros destinados à investigação e desenvolvimento (I&D) das empresas não estarem a ser usados para esse fim com prejuízo evidente do país…?! Maria de Lurdes Rodrigues, antiga ministra da Educação, reitora do ISCTE, acha bem que sim. Explica ao Jornal Económico que a despesa que as empresas declaram em I&D não tem correspondência com a atividade científica real produzida. “Pretender que cerca de mil investigadores nas empresas são responsáveis por dois terços da atividade científica nacional é totalmente inverosímil”, afirma.

As verbas até podem estar a ser usadas para fins benéficos, mas a questão é que estão destinadas à I&D e sem esta o país “perde uma oportunidade” e, pior ainda, “cai numa ilusão”. A ilusão de que as atividades de I&D se estão a fazer. Além disso, acrescenta, pode estar a acontecer um outro fator: “o Estado não investir no sector público de I&D com a desculpa de que não tem recursos financeiros”, quando se está “a dispensar de receber benefícios fiscais em prol dos fundos de investimento”. O SIFIDE II permite que as empresas deduzam despesas com fundos de capital de risco que invistam em projetos de inovação e desenvolvimento tecnológico.

Maria de Lurdes Rodrigues não tem dúvida: “É preciso olhar com lucidez para o I&D das empresas” e para o SIFIDE-Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial.

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