A Inteligência Artificial (IA) passou a ser uma “buzzword diária”, uma tecnologia que já é usada todos os dias nas empresas, segundo Sofia Couto da Rocha da Lusíadas Saúde.
Mas as empresas precisam de analisar se a IA serve para resolver todos os seus problemas ou apenas alguns: “é preciso conhecer bem os nossos problemas. E pensar se quero colocar esta tecnologia porque preciso mesmo dela ou só porque agora é uma buzzword?”.
“É uma pergunta que se tem de ter coragem para responder a par e passo. E ter esta capacidade de perceber se qualquer uma destas tecnologias, gera novo negócio ou se é só uma buzzword, e se for, ter coragem para dizer ‘eu não quero aplicar isto agora'”, afirmou a diretora de Inovação da Lusíadas Saúde durante a sua intervenção na IA Summit, organizada pelo Jornal Económico, que decorreu hoje em Lisboa.
A responsável deu o exemplo da sua empresa no uso de IA na criação da assistente digital que começou inicialmente a ser visto como um projeto com risco, por ser uma das “portas principais de entrada”, mas que depois passou a ser uma “buzzword diária, algo pensado todos os dias”, afirmou hoje a responsável.
Apontou que começam a existir bons usos noutras áreas e que, no caso da saúde, é preciso haver um equilíbrio pois a inovação é uma necessidade, mas é uma área com bastante regulação.
“Este momento atual é muito bom para aproveitar”, afirmou, apontando que tanto os médicos e enfermeiros, assim como a gestão, já usam aplicações como o ChatGPT e isso “ajuda na transformação”.
Uma questão abordada por Sofia Couto da Rocha são as “velocidades diferentes” com que diferentes gerações aprendem e trabalham com diferentes tecnologias.
Antes, coexistiam no mercado de trabalho “três diferentes gerações em fase ativa; agora estamos com cinco gerações”.
E apontou também para a formação entre diferentes gerações: “Fomos programados para uma sociedade mais competitiva e não colaborativa. Acaba a escola e dizem que temos todos de colaborar. E a tecnologia exige trabalho multidisciplinar. Já não há a opção de trabalhar sozinho, a multidisciplinaridade exige colaboração”, destacando pessoas “agregadoras” que conseguem juntar várias valências: “os agregadores são aquilo que precisamos em muitas organizações”.
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