Marco Dietrich, diretor-geral da Bayer Portugal, considera que é preciso reforçar a competitividade na Europa ao nível da inovação, naquela que é já uma aposta em países como os EUA ou a China.
“O que vejo é que os EUA inovam e a Europa regula”, começou por dizer o diretor-geral da Bayer Portugal num debate sobre a indústria farmacêutica organizado esta terça-feira pelo Jornal Económico.
“A regulação é importante”, mas é preciso “aumentar a competitividade europeia a nível da inovação”, salientou o responsável num painel que contou também com Cláudia Ricardo, diretora de Market Access & External Affairs da Roche, e com Eric King, diretor-geral da GSK Portugal.
O Parlamento Europeu aprovou, este mês, propostas para rever legislação farmacêutica da União Europeia, que parecem “apontar para uma redução da duração das patentes”, notou ainda, defendendo que a sua proteção devia ser reforçada em Portugal, onde o sector farmacêutico devia ser considerado estratégico.
“As patentes não são bem protegidas aqui”, afirmou o diretor-geral da Bayer Portugal, frisando que as as “patentes não são tão bem protegidas como noutros países”, onde os instrumentos que travam a entrada de genéricos funcionam rapidamente, enquanto em Portugal pode levar vários meses.
“Este instrumento não é eficaz porque demora seis meses até ser decidido”, notou, referindo que o problema não está na lei, mas sim na elevada carga de burocracia que acaba por atrasar estes processos.
Notícia atualizada às 11:49
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