A E-Redes, a antiga EDP Distribuição, diz que está a preparar para ir a jogo nos concursos para as concessões de baixa tensão em Portugal.
Atualmente, a elétrica detém as concessões em todos os 278 municípios de Portugal continental, mas com o prazo da concessão a terminar será lançado um concurso, ainda sem prazo, para decidir quem fica com estas concessões agora detidas pelo grupo EDP.
“Temos as concessões de 278 municípios, estarão a concurso no futuro próximo. Temos de nos preparar para as vencer, para as renovar”, disse o presidente da E-Redes na quinta-feira, durante um encontro com jornalistas.
João Torres também sinalizou que um dos pontos fundamentais da agenda da empresa é “preservar a qualidade do serviço técnico. Temos de continuar a preservar esse valor e a melhorar. Conseguimos reduzir bastante a assimetria nas várias regiões do país”.
No encontro onde foi apresentada a nova marca da empresa – a E-Redes substituiu a EDP Distribuição -, o gestor também foi questionado sobre o atraso no lançamento do concurso de baixa tensão.
“Sobre o atraso não me vou pronunciar, não foi contributo da E-Redes, tivemos a disponibilidade desde o primeiro minuto para apreciar o que foi preparado. Ao ser desafiada pela primeira vez em participar num concurso há um conjunto de competências que temos de garantir, essa é a preocupação maior de preparação”, começou por dizer.
“Temos estudado atentamente toda a informação que tem sido disponibilizada, foi contratado o INESC Porto, para preparar um estudo visando a criação de um gestor integrado e depois as concessões de baixa tensão estarem associadas a esse gestor integrado: sobre isso nao temos conhecimento detalhado”, sublinhou.
“No futuro, o que me parece é que confiamos no que já fizemos, temos uma historia de melhoria de qualidade de serviço em todo o território, de redução de assimetrias, de proximidade com as populações, com as autarquias, temos um currículo que nos faz olhar para os concursos de contratos de concessões de baixa tensão com otimismo”, afirmou João Torres.
“Quanto à concorrência, é claro que preocupa, mas eu acredito nas capacidades que temos. É de recordar que não concursos para concessões de baixa tensão em Espanha, França e Itália, esta é uma particularidade portuguesa. Este é um um ponto importante, a concorrência parece adivinhar que nesses países nao podemos concorrer mas eles podem concorrer cá”.
João Torres também sublinhou que Portugal conta com uma “particularidade” nas concessões que é a separação de redes de média tensão da rede de baixa tensão. “Também não se vê por esssa Europa fora, normalmente o concessionário assegura a média tensão e a baixa tensão”
“Vamos nos preparar para o concurso, quanto à concorrência estou convencido que a conseguimos bater,” afirmou o responsável.
A EDP Distribuição passou a chamar-se E-Redes a partir de sexta-feira, 29 de janeiro. A mudança foi imposta pela ERSE com o objetivo de ajudar os consumidores a distinguir as diferentes empresas do grupo EDP. Além da mudança para E-Redes, a EDP Serviço Universal passou a SU Eletricidade.
Além das concessões de baixa tensão, a E-Redes é a responsável pelo transporte de eletricidade em alta, média e baixa tensão, isto é, são as redes que transportam a energia entre as subestações e os lares ou empresas. É também a empresa responsável pelos contadores de eletricidade: quando há uma falha de energia em casa, é para a agora E-Redes que os consumidores ligam.
A E-Redes é responsável anualmente por 34 milhões de leituras de contadores, 56% presenciais; por 1,5 milhões de ordens de serviço, 70 mil pedidos de ligação à rede, e por 4,9 milhões de interações comerciais.
A empresa investiu um total de 6,5 mil milhões de euros nos últimos 20 anos, apontando que este investimento permitiu reduzir o tempo médio de interrupção de energia em 60%.
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