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“É uma boa notícia. Só peca por tardia”. CTP saúda inclusão de Portugal nos corredores aéreos do Reino Unido

O levantamento das restrições aos voos entre os dois países era um anseio dos operadores turísticos, que têm no Reino Unido um poderoso mercado ao nível da receita.
Cristina Bernardo
20 Agosto 2020, 18h59

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considera muito positiva a decisão anunciada esta quinta-feira pelo governo britânico “de incluir Portugal nos corredores aéreos, o que significa que os cidadãos residentes no Reino Unido que voem do nosso país já não terão de cumprir um período de quarentena”, refere aquele organismo em comunicado.

“É obviamente uma boa notícia para o turismo, na medida em que o Reino Unido é o nosso principal destino emissor. Só peca por tardia, porque infelizmente os efeitos fizeram-se sentir com grande intensidade”, afirma Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal.

A CTP realça que “Portugal tem demonstrado capacidade para lidar com a pandemia desde o seu início e tem vindo a descer em vários indicadores – menos internamentos, menos óbitos diários, menos casos ativos desde o início da pandemia – com uma boa resposta dos serviços de saúde”.

“No que se refere ao turismo, lançámos o selo Clean & Safe que identifica estabelecimentos turísticos que cumprem com várias condições sanitárias decretadas pelas autoridades de saúde, projeto pioneiro na Europa que visa garantir a confiança de todos os visitantes. Criámos a plataforma Clean & Safe que permite que os próprios turistas classifiquem os empreendimentos no que diz respeito ao cumprimento das condições sanitárias. E fomos o primeiro país na Europa a ser distinguido com o selo de “TravelSafe” por parte do WTTC (World Travel & TourismCouncil)”, conclui Francisco Calheiros.

O encerramento das viagens aéreas entre o Reino Unido e Portugal foi considerado como um dos factos mais lesivos para o turismo nacional, capaz de colocar em perigo parte substancial das receitas do setor.

A partir das 04h00 horas de 22 de agosto de 2020, os passageiros que cheguem a Reino Unido vindos de Portugal (incluindo das regiões autónomas da Madeira e dos Açores) já não vão precisar de se autoisolar, desde que não tenham estado ou transitado por outros países não isentos nos catorze dias anteriores à sua chegada. Os passageiros que cheguem ao Reino Unido antes desta data terão de cumprir o período completo de 14 dias de auto-isolamento.

“Os dados também mostram que agora podemos adicionar Portugal aos países incluídos nos corredores aéreos”, disse o governo britânico, deixando no entanto o alerta de que “como acontece com todos os países nesta lista” a situação se poder alterar “rapidamente”.

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