[weglot_switcher]

“É uma irresponsabilidade e insensibilidade social oferecer-se a morte a pedido de um doente”, afirma Francisco Rodrigues dos Santos

O presidente do CDS foi esta terça-feira recebido na sede do Partido Socialista por Carlos César, tendo o tema da eutanásia como pano de fundo. “Estamos preocupados com um debate que nos parece está confinado ao quadro parlamentar e que devia ser aberto a toda a sociedade portuguesa”, referiu o líder do CDS.
18 Fevereiro 2020, 11h50

Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que “é uma irresponsabilidade e insensibilidade social oferecer-se a morte a pedido de um doente”. O presidente do CDS foi esta terça-feira, 18 de fevereiro, recebido pelo presidente do Partido Socialista, Carlos César, na sede do PS no Largo do Rato, em Lisboa, onde o tema da eutanásia esteve no centro das atenções.

“O CDS deixou um apelo à veia humanista do Partido Socialista para que no debate sobre a eutanásia possam afirmar o valor da vida, contra uma cultura de morte e descarte, uma vez que o Partido Socialista está neste momento no Governo do nosso país para que o Estado possa ter um papel humanista, solidário e social, que invista no Serviço Nacional de Saúde e numa rede de cuidados paliativos que abranjam 100% dos portugueses e não apenas 30%”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, após a reunião aos jornalistas.

Para o líder do CDS “é uma irresponsabilidade e insensibilidade social oferecer-se a morte a pedido de um doente, quando ele não sabe, nem conhece, nem tem ao seu dispor todos os cuidados médicos necessários para tratar o seu sofrimento e a sua doença numa situação de verdadeiro desespero e aflição”, aproveitando para sublinhar que “o CDS é um partido que votará contra a eutanásia”, isto porque esta medida “não mereceu um único parecer positivo por nenhuma das entidades competentes que se pronunciaram sobre essa matéria”.

Francisco Rodrigues dos Santos salientou que o partido está preocupado com um debate que “parece está confinado ao quadro parlamentar e que devia ser aberto a toda a sociedade portuguesa, merecendo uma ampla discussão dos portugueses”.

O presidente do CDS frisa que o interesse não deve ser apenas em “dar voz à consciência dos deputados porque os portugueses votam em programas políticos e não na consciência de 230 deputados, mas que se possa dar eco à consciência dos portugueses num tema que pode configurar um verdadeiro retrocesso civilizacional, implicar uma decisão que é grave e irreversível no quadro do nosso enquadramento jurídico e dos direitos humanos”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.