A companhia low cost EasyJet planeava uma perda de receita de 275 milhões de libras (320 milhões de euros) no primeiro semestre do ano fiscal. Ainda assim, espera que a receita para os seis meses, que encerraram em março, apresente crescimentos de 7,3%, na linha de 2,34 mil milhões de libras (2,73 mil milhões de euros).
No entanto, a EasyJet espera que a receita por assento tenha uma quebra de 7,4%. A companhia aérea diz estar a observar um fraco rendimento nos bilhetes em toda a Europa, um contraste com novembro do ano passado. “Na segunda metade, estamos a assistir a um abrandamento no Reino Unido e na Europa, que acreditamos que provém da incerteza macroeconómica e de muitas questões sem resposta que rodeiam o Brexit”, afirmou o chefe-executivo da companhia, Johan Lundgren.
As ações da companhia caíram7%, o que fez da EasyJet o maior perdedor do índice ‘blue chip’ de Londres. Ainda assim, a companhia londrina arrastou outras nas perdas: IAG, dono da British Airways, caiu 1,8% e a Ryanair caiu cerca de 5%. “A perspetiva é o desafio, e a administração tem menos confiança na segunda metade – o verão”, sublinhou o analista Gerald Khoo.
“A incerteza do Brexit é o maior problema, mas a administração também vê incerteza macroeconómica além do Reino Unido”. As companhias aéreas europeias estão a lutar com a sobre-capacidade e com os altos custos do combustível.
A companhia islandesa WOW, foi a mais recente a interromper todos os voos futuros, depois de falhar na recolha de mais fundos. Diretores de diversas companhias aéreas afirmaram no mês passado que, embora consigam resistir ao impacto da saída do Reino Unido da União Europeia, mesmo sem acordo, a falta de consenso político levou à procura dos consumidores.
O Reino Unido e a União Europeia garantiram que os voos vão continuar, mesmo que não exista um acordo em relação ao Brexit. E a EasyJet afirmou que irá continuar a voar. Ainda assim, o maior operador no segundo maior aeroporto londrinho, Gatwick, confirmou que está previsto um aumento dos custos em 18,8%, derivados ao aumento do custo dos combustíveis e no seu investimento na capacidade das aeronaves.
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