“Hoje em dia, as empresas que vão para a China precisam de estar conscientes de que a economia está a tornar-se muito mais influenciada pela política”, afirma a especialista, apontando os discursos do Presidente Xi Jinping, que tem anunciado ele próprio a “maioria dos seus passos”.
A autora do livro “Xiconomics: What China’s Dual Circulation Strategy Means for Global Business”, recentemente apresentado em Lisboa no Centro Cultural e Científico de Macau, observou que “fazer negócios atualmente será impossível se se tentar ignorar a geopolítica, o que talvez seja a maior alteração”.
“E as questões da segurança nacional têm um peso muito maior na estratégia de negócios do que anteriormente”, frisou em entrevista à Lusa em Lisboa.
Investidores externos devem também estabelecer redes (networking) na China e separar cadeias de valor “porque a situação legal em matéria de transferência de informações tornou-se muito mais crítica”.
“A incerteza está a aumentar, a ambiguidade está a aumentar e a maior parte das empresas ocidentais tem de ser muito mais ágil e rápida para sobreviver no mercado”, sublinhou.
À agência Lusa, a especialista descreveu como tem evoluído o caminho dos negócios na China, que passou de levar conhecimentos e “ajudar o país a crescer”, à fase de “compreender melhor a cultura para poder estabelecer ligações”.
“Mas agora não é só a cultura, é todo o desenvolvimento histórico que conduziu à situação geopolítica atual, por isso, para compreender (o Presidente) Xi Jinping, na minha opinião, é necessário recuar na História” quer do Presidente, quer do país e do Partido Comunista Chinês, argumentou.
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