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Economia da zona euro com impulso em agosto à boleia dos Jogos Olímpicos

O PMI composto do bloco euro subiu, embora ligeiramente abaixo das projeções, deixando dúvidas sobre a capacidade da economia da moeda única evitar o regresso à estagnação após os Jogos de Paris.
4 Setembro 2024, 11h09

A economia da zona euro ganhou algum ímpeto no mês de agosto, sobretudo à boleia dos Jogos Olímpicos de Paris, mostra o índice de gestores de compras (PMI) de agosto. O indicador de mercado até ficou ligeiramente abaixo das expectativas, embora em terreno de expansão da atividade, mas a capacidade de o bloco da moeda única manter a trajetória após o verão permanece uma incógnita.

O PMI composto da zona euro subiu até 51,0 pontos em agosto, um máximo de três meses após uma leitura de 50,2 em julho, mas ainda assim abaixo da projeção de 51,2 pontos. A indústria continua a ser o sector problemático do bloco, com o subindicador do sector secundário a subir marginalmente de 45,6 para 45,8, enquanto os serviços têm sustentado a economia como um todo, subindo de 51,9 para 52,9 (uma revisão em baixa em relação aos 53,3 da estimativa inicial).

Por país, o grande destaque vai para França, com uma leitura revista em alta de 52,7 para 53,1, ficando bem acima dos valores de julho, com 49,1. Espanha continua a ter o PMI mais alto entre as principais economias, subindo 0,1 pontos até aos 53,5, enquanto Itália subiu 0,5 pontos para os 50,8.

Alemanha continuou a destacar-se pela negativa, voltando a cair de 49,1 para 48,4 (uma revisão em baixa por 0,1 pontos).

Para os analistas da Pantheon Macro, “o ímpeto dado pelos Olímpicos vai desvanecer em breve”, o que deixará novamente a economia do bloco europeu numa situação de estagnação.

Uma nota assinalável prende-se com o recuo do subindicador referente ao emprego para valores de contração pela primeira vez, um cenário coincidente com um recuo nas novas encomendas. Em sentido inverso, as pressões inflacionistas, embora longe dos valores de há um ano, continuam a deixar antever uma ligeira subida do indicador de preços nos próximos meses, dado que os preços de venda subiram ao ritmo mais alto desde abril.

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