É oficial: o crescimento da economia portuguesa desacelerou para 2,1%, no ano passado, o que compara em baixa com os 2,8% registados no ano anterior, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor, oficializado esta manhã, está em linha com as previsões do próprio INE e dos analistas consultados pelo Jornal Económico.
Segundo o organismo de estatística nacional, a procura externa líquida teve um contributo “mais negativo” de -0,7 pontos percentuais (p.p.) para a variação em volume do PIB e houve uma “desaceleração das exportações de bens e serviços mais acentuada que a das importações”. O “crescimento menos intenso do investimento” levou também a que o contributo positivo da procura interna tenha caído para 2,8 p.p. (menos do que os 3,1 p.p. em 2017).
Na estimativa rápida das contas nacionais, divulgada há exatamente duas semanas, o organismo de estatística havia previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal tinha ficado em 0,2 pontos percentuais (p.p.) abaixo daquilo que o Executivo estipulou para 2018 (que foi mais otimista do que a previsão da Comissão Europeia, de 2,1%, e da OCDE e do FMI, de 2,2%).
“Esta evolução resultou do contributo mais negativo da procura externa líquida, verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços mais acentuada que a das importações de bens e serviços, e do contributo positivo menos intenso da procura interna, refletindo o crescimento menos acentuado do investimento”, explicou, na altura, o INE.
Ainda assim, Portugal cresceu novamente acima da média zona euro. O PIB dos países da moeda única aumentou 0,2% no último trimestre do ano passado, em termos nominais. A economia portuguesa voltou a posicionar-se acima das nações do euro ao ter registado uma variação percentual do PIB de 0,4%, face aos três meses anteriores [terceiro trimestre], e de 1,7% quando comparado com o mesmo trimestre de 2017.
“Há um crescimento da economia de 2,1% e o que significa é que 2018 foi o segundo ano, desde que aderimos ao euro, em que crescemos mais do que média da União Europeia. Temos de trabalhar para que esses dois anos não tenham sido uma exceção, mas os primeiros dois anos de uma década continuada de convergência com a União Europeia”, disse o primeiro-ministro, António Costa.
Notícia atualizada
Economia portuguesa terá abrandado para 2,1% em 2018
PIB aquém da meta? Governo admite culpa das “exportações” e “greves dos estivadores”
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