A economia de São Tomé e Príncipe deve crescer acima de 5% neste e no próximo ano, apoiada na implementação do programa de investimentos públicos e na entrada de capital privado, principalmente Investimento Direto Estrangeiro.
De acordo com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que cita dados da Economist Intelligence Unit, a unidade de análise financeira da revista The Economist, e do Fundo Monetário Internacional, o arquipélago de São Tomé e Príncipe deverá registar um crescimento económico robusto.
“No curto-médio prazo, os fluxos de ajuda financeira provenientes de doadores não tradicionais (ex. Angola, Taiwan e Nigéria), bem como projetos de infraestruturas com financiamentos estrangeiros, e a melhoria das infraestruturas aeroportuárias e rodoviárias continuarão a apoiar o crescimento”, lê-se na Ficha de Mercado que será apresentada na inauguração da delegação da AICEP em São Tomé, na qual se afirma que “a produção agrícola deverá crescer a um ritmo moderado, apoiada pelo investimento em novas plantações da cacau e de óleo de palma, bem como nos esforços para aumentar a produtividade dos projetos comerciais existentes atualmente”.
A EIU e o FMI apontam para crescimento na ordem dos 5%, mas ainda assim a instituição sediada em Washington é um pouco mais otimista: a EIU prevê um aumento do PIB de 4,7% em 2015, acelerando para 4,9% em 2016, enquanto o FMI aposta em crescimentos de 5% e 5,2% em 2015 e 2016.
Na Ficha de Mercado que será divulgada pela AICEP, lê-se também que a inflação deverá voltar a subir para 7,2% este ano e 7,5% no ano seguinte, prevê a EIU, enquanto o FMI antevê uma continuação da descida registada nos últimos três anos, para 5,6% e 4,6% neste e no próximo ano.
Os fluxos de capital estrangeiro, por outro lado, deverão manter-se “significativos, embora se preveja um declínio ao nível da ajuda ao desenvolvimento”, continua o documento, que conclui que “é esperada uma diminuição gradual do peso do défice do setor público no PIB em 2015 (10,2% do PIB, refletindo uma maior captação de receitas internas bem como os efeitos das reformas na administração pública), tendência que deverá manter-se em 2016 (8,8% do PIB)”.
OJE/Lusa
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