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Economia sueca resiste ao impacto da pandemia e cresce 0,4%

O país que resistiu a implementar medidas de confinamento obrigatório assistiu a um crescimento do PIB no primeiro trimestre deste ano, um cenário que não se verifica no restante espaço europeu.
Suécia
29 Maio 2020, 16h00

Ao contrário dos números dececionantes que têm vindo a ser tornados públicos face aos impactos da Covid-19 na economia global, o produto interno bruto (PIB) sueco conseguiu resistir à tendência e reportar, esta sexta-feira, um crescimento de 0,4%, em termos homólogos.

De acordo com os dados divulgados pelo SCB, o instituto de estatística da Suécia, comparativamente aos três meses anteriores, o crescimento do PIB foi de 0,1%. Um número que contrasta com a previsão dos analistas contactados pela agência ‘Reuters’ apontavam uma contração de 0,6%.

Porém, espera-se que o maior impacto económico deverá sentir-se no segundo trimestre do ano, uma vez que as medidas de isolamento só começaram a ser aplicadas em força no final de março.  Ainda assim, é improvável que a economia da Suécia seja a mais atingida na Europa. Segundo declarações feitas na semana passada pela ministra sueca das Finanças, Magdalena Andersson, a maior economia da Escandinávia registará este ano uma contração de 7%

Em Portugal, a economia registou um ‘trambolhão’ de 2,4% no primeiro trimestre do ano – ainda assim, menos do que a estimativa inicial do Instituto Nacional de Estatística (INE). Face ao final do ano passado, a contração foi de 3,9%, a maior queda trimestral desde pelo menos 2007, revelou esta sexta-feira o INE.

Os números surgem meses depois do governo sueco ter resistido à pressão mundial de implementar medidas obrigatórias de confinamento e encerramento de espaços públicos e escolas como maneira de prevenir a propagação do vírus, que já soma 36.476 infetados e 4.350 óbitos. A Suécia é atualmente o país com a maior taxa de mortalidade decorrente do novo coronavírus em todo o mundo.

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