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Economistas alemães são a favor de mais aumentos nas taxas de juros e mais capital nos bancos

O inquérito foi feito no final de Março e concluiu que 67% apoiam novos aumentos das taxas de juro, 21% são a favor da manutenção das taxas de juro actuais, e apenas 3% acreditam que as taxas de juro devem ser reduzidas.
4 – Alemanha
4 Abril 2023, 16h54

O painel de economistas do Ifo conclui que é preciso mais aumentos nas taxas de juros pelos bancos centrais e de mais capital nos bancos.

Apesar dos problemas bancários, os economistas na Alemanha acreditam que o Banco Central Europeu (BCE) deveria aumentar ainda mais as taxas de juro.

Esta é a conclusão do último painel de Economistas do ifo, um estudo feito em conjunto com o FAZ (Frankfurter Allgemeine Zeitung é um jornal alemão de circulação nacional).

O inquérito foi concluído por 132 professores de economia no final de Março. Constatou que 67% apoiam novos aumentos das taxas de juro, 21% são a favor da manutenção das taxas de juro actuais, e apenas 3% acreditam que as taxas de juro devem ser reduzidas.

Ao mesmo tempo, os economistas apelam a reforço do capital de por parte dos bancos europeus como garantia contra crises.

Quase três quartos (72%) são a favor de mais capital na banca – uma vez passada a actual turbulência.

Pela primeira vez há 76% dos inquiridos que apoiam a introdução de obrigações do Estado no capital próprio dos bancos. “Os peritos estão ligeiramente desconfortáveis, mas não esperam uma crise financeira grave”, diz o investigador da Ifo Niklas Potrafke.

Os participantes discordam sobre se os problemas bancários poderão sobrecarregar a economia real em 2023.  Enquanto 41% esperam que seja este o caso, 44% não esperam, e 15% responderam “Não sei”.

Apenas 17% veem o risco de uma crise financeira de gravidade semelhante à crise de 2007/2008; enquanto 74% não esperam que isto aconteça.

Há 46% que concorda (9% completamente, 37% “um pouco”) com a declaração da Presidente do BCE Christine Lagarde de que os bancos da zona euro são resistentes, enquanto 29% discordam (21% “um pouco,” 8% completamente), segundo o estudo-

Os esforços anteriores para tornar os bancos mais sólidos e proteger os contribuintes da responsabilidade não tiveram êxito, de acordo com 48% dos inquiridos

Já 42% acreditam que o contrário é verdade. Enquanto 38% não esperam que os bancos sistemicamente relevantes enfrentem dificuldades financeiras, 36% acreditam. Pouco mais de um quarto dos inquiridos (26%) disseram “Não sei”.

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