A EDP Renováveis anunciou hoje o arranque da construção do seu primeiro projeto de armazenamento de energia em baterias (BESS) autónomo na Europa, com uma capacidade de 50 megawatts (MW) e localizado em Kent, Inglaterra.
Em comunicado, a empresa destaca que o projeto Harrington Franklin deverá estar totalmente operacional em 2025 e “contribuirá significativamente para a estabilidade da rede de energia britânica, permitindo um uso mais eficiente da energia renovável e apoiando a transição energética”.
“Este projeto […] é um passo importante na ambição da EDP de desenvolver um portefólio flexível e multitecnologia para apoiar a transição energética em todos os mercados onde opera”, refere.
O projeto Harrington Franklin contribuirá para a rede britânica com uma capacidade de 50 MW, o que equivale a 100 MWh de produção de energia ou duas horas de armazenamento, e, segundo a EDP, “desempenhará um papel crucial para melhorar a flexibilidade da rede e na otimização do equilíbrio entre oferta e procura de energia”.
“Ao permitir o uso eficiente da energia renovável gerada no país, abre caminho para um sistema mais sustentável e fiável”, enfatiza.
Citado no comunicado, o responsável da EDP para a Europa salienta que “o armazenamento terá um papel fundamental no futuro da energia renovável”: “O projeto Harrington Franklin é um exemplo claro tanto da nossa ambição, como da nossa capacidade de desenvolver sistemas de armazenamento que apoiam a flexibilidade da rede e ajudam a impulsionar a transição energética na Europa”, afirma Duarte Belo.
Além de Harrington Franklin, a EDP diz ter também garantido outro projeto de armazenamento de 50 MW no Reino Unido e de 36 MW em Espanha e assegurado, recentemente, subsídios para desenvolver um portefólio adicional de 141 MW em Espanha e Portugal.
A empresa tem ainda projetos de armazenamento noutras geografias, como os Estados Unidos, onde anunciou um acordo para adicionar 200 MW de armazenamento de energia à rede do Arizona através do projeto Flatland Energy Storage, um sistema de baterias de iões de lítio de 200 MW/800 MWh que deverá entrar em operação em 2025.
No seu Plano de Negócios 2023-26, a EDP aponta como objetivo alcançar uma capacidade de armazenamento superior a 500 MW em todo o mundo.
Paralelamente, está “a explorar oportunidades para aumentar o valor dos ativos existentes através da integração de novas soluções de armazenamento com hidroelétricas, térmicas, eólicas e solares”.
“Como a energia eólica e solar são naturalmente intermitentes, há momentos em que a energia produzida não coincide com a procura. Sem um armazenamento adequado, a energia excedente gerada durante períodos de baixa procura corre o risco de ser desperdiçada”, explica.
Segundo a EDP, projetos como o Harrington Franklin “abordam esse desafio, garantindo que a energia renovável possa ser armazenada e disponibilizada sempre que seja necessário, maximizando o seu valor e impacto”.
Ao mesmo tempo, armazenar o excedente de energia produzido durante as horas de pico e usá-lo para manter um fornecimento estável “também contribui para a redução dos preços da energia”.
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