[weglot_switcher]

EDP encaixa 515 milhões com venda de central térmica e parte da carteira comercial em Espanha à Total

A energética sublinhou que a operação “reforça o perfil de baixo risco da EDP, ajudando a reforçar o peso das atividades contratadas e reguladas de longo prazo no EBITDA e a acelerar a desalavancagem financeira, permitindo assim uma melhoria nos resultados”.
  • Cristina Bernardo
18 Maio 2020, 07h40

A EDP-Energias de Portugal anunciou esta segunda-feira que fechou um acordo com a francesa Total para a venda de dois grupos da central de ciclo combinado de Castejón (na região de Navarra), com 843 megawatts de potência, e do negócio comercial de B2C (clientes residenciais) em Espanha, que conta com 1,2 milhões de clientes no mercado liberalizado.

Em comunicado divulgado no site da CMVM, a energética portuguesa adiantou que o negócio, avaliado em 515 milhões de euros, envolve ainda a venda da participação de 50% na CHC Energia, joint-venture com a CIDE para comercialização de energia neste segmento.

A empresa sublinhou que a venda dos ativos, que deverá concretizar-se no segundo semestre de 2020 após as devidas aprovações das entidades reguladoras — enquadra-se no Plano Estratégico 2019-2022 do grupo.

Em março do ano passado, a EDP anunciou que prevê uma redução dos ativos de geração térmica e da exposição à volatilidade dos preços no mercado grossista. No total, prevê arrecadar seis mil milhões de euros até 2022. A maior parte deste valor (4 mil milhões) vai ser encaixado através da venda de participações maioritárias nos seus projetos. Os restantes dois mil milhões de euros deverão ser encaixados através da venda de ativos ibéricos, como centrais térmicas, com este plano a ser executado nos próximos 12 a 18 meses.

Em dezembro a empresa anunciou que acordou a venda de um portefólio de seis centrais hídricas em Portugal ao consórcio de investidores formado pela Engie (participação de 40%), Crédit Agricole Assurances (35%) e Mirova – Grupo Natixis (25%), numa transação de 2,2 mil milhões de euros-

A energética sublinhou que a operação anunciada esta segunda-feira “reforça o perfil de baixo risco da EDP, ajudando a reforçar o peso das atividades contratadas e reguladas de longo prazo no EBITDA e a acelerar a desalavancagem financeira, permitindo assim uma melhoria nos resultados”.

“Apenas um ano após a apresentação do Plano Estratégico, a EDP já cumpriu 65% da meta total de venda e rotação de ativos com impacto positivo na dívida líquida da empresa”, adiantou.

António Mexia, CEO da EDP, disse em comunicado separado que “esta é uma excelente operação para a EDP que, mais uma vez, realça a qualidade dos nossos ativos, mas também a nossa sólida capacidade de execução, pois continuamos a criar valor significativo com a estratégia de otimização de portefólio definida no nosso plano de negócios”.

Mexia salientou pós este acordo, a EDP manterá mais de 95% do EBITDA em Espanha, “que é um dos nossos mercados estratégicos e onde continuaremos a investir na geração, redes e fornecimento de renováveis, tanto no segmento B2B como no novo ‘downstream'”.

O Santander Corporate & Investment Banking atuou como assessor financeiro exclusivo da EDP na operação de venda.

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.