A EDP está hoje a emitida dívida verde híbrida a 30 anos num total de 750 milhões de euros, com uma taxa de juro a 4,875%, revela o site financeiro “IFR”.
O mercado de emissão de dívida está hoje muito atarefado. Portugal, Montepio e Fidelidade estão todos no mercado a financiarem-se antes que as taxas de juro desçam.
A Moody’s atribuiu rating de Ba1 a esta dívida, dois níveis abaixo do rating de Baa2 da EDP.
A agência alerta que uma mudança no rating da casa-mãe pode vir a ter impacto no rating da dívida híbrida.
A nota de Baa2 é sustentada pelo “compromisso em manter métricas financeiras robustas; negócio e geografias diversificados, o que ajuda a moderar a volatilidade dos ganhos; os ganhos estáveis da geração contratada e redes reguladas, que pesam 70% no EBITDA do grupo; e a intensidade de baixo carbono da sua produção de eletricidade e a sua estratégia para abandonar o carvão em 2025, o que a posiciona bem no contexto da transição energética”.
A companhia também alerta para os ventos adversos que a EDP enfrenta: “a volatilidade dos ganhos com a variação na produção hídrica na Ibéria e, a um menor nível, os recursos eólicos globalmente; a exposição residual da EDP aos preços voláteis do mercado de eletricidade; os riscos de execução associados com os gastos significantes de capital entre 2024-2026; a exposição a riscos regulatórios e políticos em Portugal (rating A3 com perspetiva estável), Espanha (Baa1 positivo) e Brasil (Ba2 positivo); e às posições minoritárias no grupo, que acrescentam à complexidade”.
O outlook estável “reflete a expetativa da Moody’s que, no contexto do seu plano de investimento de capital e política de dividendos, a EDP vai manter as métricas financeiras consistentes com o rating Baa2”, incluindo fundos de operações (FFO)/dívida líquida, e cash flow retido/ dívida líquida.
O rating pode ser melhorado se a empresa “fizer progressos nas sua estratégia e investimentos enquanto reduz a alavancagem. Um perfil financeiro sólido e sustentável”, incluindo FFO/dívida líquida acima de 22%, e cash flow/dívida entre 15%-17%, o que “suportaria uma melhoria para Baa1”.
Por outro lado, o rating pode descer se: “o perfil financeiro da EDP enfraquecer devido à uma reviravolta no ambiente operacional/regulatório e performance, ou porque a geração de cash flow não mantém o ritmo com investimento à base de dívida, tal que o FFO/dívida e cash flow/dívida desçam abaixo do guidance para o rating atual; ou porque ocorrem mudanças negativas de crédito na estrutura corporativa da EDP, como um aumento significativo nas participações de minoritários, o que pode proporcionar um apertar do guidance, ou se a subordinação aumentasse e enfraquecesse a posição dos credores seniores sem garantia da casa-mãe”.
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