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EDP Renováveis cai 4% e bolsa encerra em perda

As praças europeias registaram pessimismo generalizado, com a descida mais acentuada a resultar das políticas da Casa Branca, menos favoráveis aos investimentos em energias verdes do que acontecia com a anterior administração.
30 Junho 2025, 17h18

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta segunda-feira a negociar em terreno negativo, castigada sobretudo pela EDP Renováveis, que registou uma desvalorização superior a 4%. De resto, o pessimismo estendeu-se às mais importantes praças europeias.

O PSI perdeu 1,16% até aos 7.436 pontos, sendo que as ações da EDP Renováveis derraparam 4,29% até aos 9,48 euros, ao passo que a casa-forte EDP recuou 1,40% para 3,669 euros. A Mota-Engil contraiu 1,51% e ficou-se pelos 3,78 euros.

A empresa de energias verdes viu-se penalizada por decisões que chegam dos EUA e que dificultam ainda mais os apoios públicos a empresas do setor.

Entre as mais importantes bolsas europeias, houve decréscimos de 0,46% no Reino Unido, 0,35% na Alemanha, 0,33% em França e 0,03% em Itália, ao passo que Espanha se adiantou 0,16%. O índice Euro Stoxx 50 recuou 0,38%.

De acordo com a análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking, “a grande maioria das bolsas europeias encerrou em baixa, alheias aos ganhos que se vão sentindo em Wall Street, onde o S&P 500 e o Nasdaq 100 renovam máximos históricos”, aponta-se.

“Depois de uma semana de grande valorização, alguma tomada de mais-valias pode ajudar a justificar a correção. O PSI acompanhou a tendência exterior, com a EDP Renováveis a ser marcada pela última versão do pacote de gastos de Donald Trump no Senado, que visa eliminar gradualmente os principais incentivos fiscais para projetos eólicos e solares dos EUA de forma mais agressiva”, salientam os analistas.

“Pela positiva de notar a revelação de que a atividade na indústria e serviços da China teve um desempenho acima do previsto em junho”, acrescentam ainda.

Nos futuros, o Brent contrai 0,70% até aos 66,33 dólares por barril, ao passo que o crude perde 1,07% e fica-se pelos 64,82 dólares.

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