A EDP Renováveis apresentou lucros de 65 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, em linha com o resultado líquido de 66 milhões no período homólogo. A empresa nota que o crescimento destes resultados foi “anulado pelo aumento dos custos financeiros, penalizados pela valorização a mercado de impactos cambiais”.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade destaca o crescimento de 24% nas receitas entre janeiro e março de 2023 para 706 milhões de euros. De acordo com a empresa, este acréscimo “foi suportado por um aumento de 11% na produção de eletricidade renovável e pela subida do preço médio de venda para 62,5 euros/MWh”, ou seja, um aumento de 8%.
Por sua vez, o EBITDA subiu 14% para 448 milhões de euros. O resultado antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações foi também impacto devido a custos registos na Roménia e na Polónia, bem como a redução do resultado na Ocean Winds.
O investimento bruto ascendeu a mil milhões de euros, resultado do aumento de capital do mesmo valor no terceiro mês do ano. A Europa e América do Norte representaram “mais de 80% do investimento operacional, fruto do aumento bruto da capacidade instalada em 1,7GW nos últimos 12 meses e os 5GW de capacidade renovável que se encontravam em construção a março de 2023, diversificados pelas geografias e tecnologias” operadas pela EDP Renováveis.
A América do Sul foi o continente que mais contribuiu para o EBITDA, tendo crescido 63% nesta região, também a par do crescimento de 63% da Ásia Pacífico (impulsionado pela aquisição da Sunseap em fevereiro do ano passado por 600 milhões), 21% na Europa e 14% na América do Norte.
Os custos operacionais aumentara 19%, nos quais se inclui impostos clawback na Europa, “nomeadamente na Polónia e Roménia (25 milhões registos no nível dos custos operacionais), e também custos de pessoal mais elevados devido ao aumento de 10% do número de colaboradores”.
Já os custos operacionais subiram 19% no mesmo período, incluindo impostos clawback na Europa, nomeadamente na Polónia e Roménia (25 milhões registados), e por via dos maiores gastos com pessoal, justificados pelo aumento de 10% no número de colaboradores da empresa.
No primeiro trimestre, a dívida líquida fixou-se em 4,8 mil milhões de euros, significando que se situa 600 milhões de euros acima dos valores verificados no mesmo período do ano passado. A EDP Renováveis explica que o aumento da dívida reflete o “investimento em novos projetos de energias renováveis”. Ainda assim, a dívida reduziu-se face aos 4,94 mil milhões observados no fim de 2022.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com