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EDP Renováveis: Produção de energia limpa cai 9% no primeiro semestre

Companhia justifica resultados operacionais com a menor capacidade instalada, fruto da alienação da sua participação num parque eólico brasileiro, mas também por menos recursos eólicos.
  • João Manso Neto
9 Julho 2020, 19h41

A EDP Renováveis produziu menos 9% de energia limpa no primeiro semestre de 2020, isto quando comparado com o período homólogo do ano passado, revela o Relatório de Produção e Capacidade da companhia divulgado esta quinta-feira, dia 9 de julho. A produção da eléctrica ficou-se pelos 14,7 TWh, o que reflecte a menor capacidade instalada, fruto da estratégia de sell-down da companhia, que havia desconsolidado, em julho de 2019, 997 MW da sua operação europeia, aos quais se juntaram 137 MW relativos aos parques eólicos Babilonia, no Brasil, alienados no primeiro trimestre de 2020. Também a diminuição de recursos eólicos na operação europeia contribuíram para a diminuição da produção global da empresa.

A atividade operacional da empresa continua a focar-se sobretudo na América do Norte e Europa, que representam 63% e 35% da produção da companhia. O Brasil gera os restantes 2%. Estes valores correspondem a um decréscimo de 23% na operação europeia, 44% na brasileira e um aumento de 4% na norte-americana, tudo quando comparado com o período homólogo de 2019.

O relatório da empresa revela também o seu portefólio, que se situava, em junho de 2020, nos 11,4 GW. Destes, 4,6 GW estão na Europa (2,1 GW em Espanha, 1,2 em Portugal e 1,3 GW no resto do continente), 6,5 GW na América do Norte e 0,6 GW no Brasil. Este valor global corresponde a uma variação líquida positiva de 77 MW, frutos, por um lado, da construção de 213 MW em parques eólicos onshore (200 MW nos EUA e 13 MW em França) e, por outro lado, da alienação já referida dos 137 MW referentes ao parque eólico de Babilonia.

A EDP Renováveis tem ainda em construção 2,3 GW de nova capacidade, dos quais 1800 MW estão relacionados com projectos eólicos onshore, 200 MW com solar e 330 MW com participações minoritárias em projectos eólicos offshore. Destes, o solar situa-se no México, enquanto que os projectos offshore estão situados no Reino Unido e em Portugal. Quanto aos 1800 MW em construção para energia eólica onshore, os projectos europeus totalizam 346 MW e abrangem vários países (Espanha, Itália, Polónia, França, Portugal e Bélgica), enquanto que na América do Norte sete projectos perfazem 1393 MW em construção.

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