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EDP vai apoiar oito projetos sustentáveis e de energia renovável na África subsariana

Está previsto um financiamento de cerca de meio milhão de euros através do Fundo A2E (Access to Energy) para promover estes projetos em Moçambique, Quénia, Tanzânia, Maláui e Nigéria. 
16 Junho 2020, 13h53

A EDP vai apoiar oito projetos sustentáveis e de energia renovável em cinco países africanos – Moçambique, Quénia, Tanzânia, Maláui e Nigéria – através do Fundo A2E (Access to Energy).

De acordo com um comunicado da elétrica, “o financiamento, num total de meio milhão de euros, pretende promover o acesso a energia limpa em zonas mais remotas e carenciadas e, dessa forma, ajudar a combater a pobreza energética naquele território”.

“Desde a instalação de painéis solares à criação de inovadores sistemas de irrigação, os projetos partilham regras sustentáveis e o objetivo de melhorar a vida das comunidades – estima-se que as iniciativas apoiadas irão beneficiar, de forma direta e indireta, mais de um milhão de pessoas nos cinco países”, adianta o referido comunicado.

A EDP assinala que, “com três projetos, o Quénia destaca-se na lista de entidades selecionadas nesta segunda edição do Fundo A2E: KarGeno, Dadreg e Centrum Narovinu”, seguindo-se o Maláui, com duas organizações: aQysta e Unicef.

Em Moçambique, a entidade selecionada foi a VIDA, na Nigéria foram os Salesians of Don Bosco e, na Tanzânia, a escolha recaiu sobre a fundação Aga Khan.

“Destinado a entidades com ou sem fins lucrativos, o Fundo A2E dá assim continuidade ao programa iniciado em 2018 que, logo nessa primeira edição, recebeu 108 candidaturas de quatro países e disponibilizou 450 mil euros para apoiar novos projetos em áreas e populações carenciadas. À semelhança do primeiro ano, o fundo continua a garantir apoios financeiros entre 25 mil e 100 mil euros a cada projeto”, esclarece o referido comunicado.

Detalhando projeto a projeto, a KarGeno apresentou um projeto de irrigação sustentável em Mabinju, no Quénia. “O projeto prevê a instalação de dez sistemas de irrigação gota a gota com bomba solar para abastecer dez grupos de agricultores e dois tanques de água para cada grupo. A medida vai beneficiar um terço das famílias com terras agrícolas”, sublinha a EDP.

Também no Quénia, a Dadreg candidatou-se com um sistema solar de 15 kWp para o centro de formação comunitária em Nairobi. Segundo a elétrica, “esta instalação vai permitir que 980 jovens de um bairro carenciado tenham acesso a formação profissional para um emprego remunerado”, além de ir “ainda contribuir para uma redução de 70% no custo da energia”.

Um sistema solar de 20 kWp para abastecer a ‘Ilha da Esperança’, um centro comunitário na ilha Rusinga, no Quénia, foi o projeto com que o Centrum Narovinu foi selecionado. “A instituição, que acolhe órfãos e crianças vulneráveis, envolve um jardim de infância, uma escola primária e outra secundária, um orfanato e ainda uma clínica médica e um laboratório de informática”, avança a EDP.

Por seu turno, a Unicef candidatou-se com um projeto de instalação de dois sistemas de energia solar de 1,8 kWp para bombeamento de água em duas escolas e comunidades vizinhas no Maláui. “O sistema vai permitir o acesso da população desta zona a água potável”, adianta a elétrica nacional.

O projeto ‘Easi-Water, Easi-Pay’ da aQysta prevê a instalação de 50 bombas de energia hidroelétrica e 50 ‘kits’ de irrigação para apoiar os trabalhos de 250 pequenos agricultores em três distritos do Maláui. “Com este sistema, vão dispor de irrigação nos terrenos agrícolas durante a estação seca”, assegura a EDP.

A VIDA pretende instalar painéis solares para sistema de irrigação por bomba de água em Moçambique. “O projeto envolve ainda a iluminação do centro de formação e oficina de artesãos para melhorar a qualidade de vida no distrito de Matatuine, garantindo maior acesso a informações sobre florestação, sistemas agroflorestais e segurança alimentar, bem como aumento da produção de mel”, detalha a elétrica.

A fundação Aga Khan propôs a criação do ‘Interruptor Solar de Mwanza’, um sistema solar de 39,6 kWp para o hospital Aga Khan, na Tanzânia, e 26 equipamentos solares de aquecimento de água. “Com isso, pretende evitar as quebras frequentes de energia, reduzir a conta da energia elétrica e substituir o consumo de gasóleo dos geradores de reserva”, defende a elétrica nacional.

Por fim, o centro Salesians of Don Bosco, na Nigéria, planeia a instalação de um sistema solar de 10 kWp para abastecer o Centro Vocacional e Educação Profissional. “O projeto prevê ainda a criação de uma oficina/’workshop’ para formar eletricistas e especialistas em sistemas solares para produção de eletricidade”, garante a EDP.

“Com esta segunda edição do Fundo A2E, a EDP reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e com a necessidade de combater a pobreza e a exclusão elétrica que ainda afetam a vida de milhões de pessoas, especialmente em comunidades rurais remotas e carenciadas de países em desenvolvimento. Estes apoios financeiros inserem-se numa estratégia global para a África subsariana, que tem envolvido o investimento em vários projetos. É o caso da aposta, em 2018, na SolarWorks!, em Moçambique, onde se dedica à comercialização de soluções descentralizadas de energia solar, e, mais recentemente, da aposta na Rensource, na Nigéria, onde desenvolve e gere sistemas também de energia solar”, conclui o comunicado da EDP.

 

 

 

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