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Eduardo Cabrita: “Polícias compram equipamento porque querem”

Em entrevista à TSF, o ministro da Administração Interna explica sobre o anúncio da contratação de dez mil novos profissionais para as forças de segurança que as necessidades de cada uma ainda não está fechada, mas já está identificado que por limite de idade vão sair até 2023 cerca de oito mil pessoas.
Cristina Bernardo
19 Janeiro 2020, 10h10

O ministro da Administração Interna garante que o Governo está a aumentar o investimento com as forças de segurança, através quer do aumento de verbas, quer de mais contratações. Em entrevista à TSF, publicada este domingo, Eduardo Cabrita diz que as reivindicações dos sindicatos têm sido ouvidas.

Questionado sobre notícias relativas a agentes que compram equipamento de proteção com verbas pessoais, Eduardo Cabrita disse que “compram porque o querem e não têm nenhuma necessidade de o fazer. É preciso dizê-lo com toda a transparência”.

“Há matérias que são diferentes, que são fardamento, em que há um subsídio. Mas o que é considerado como necessário pelos comandos é aquilo que é atribuído”, acrescentou.

O ministro da tutela explicou ainda “o mecanismo que nos dá flexibilidade, isto é, não está sujeito à negociação anual do Orçamento – os tais 450 milhões de euros vão até 2021, mas não têm de ser rígidos; temos um referencial de 90 milhões/ano”.

“Por exemplo, no ano passado gastámos mais de 100% da previsão inicial em viaturas e equipamentos de proteção individual. Gastámos menos em infraestruturas, porquê? Porque há um ciclo de obra que é diferente. É preciso fazer o projeto, lançar o concurso e, portanto, a despesa em obra vai concentrar-se em 2021 porque as obras – algumas já estão feitas e vão ser inauguradas – têm um ciclo que é diferente de comprar radares, alcoolímetros, coletes, que são coisas mais rápidas”, acrescentou.

Relativamente ao anúncio da contratação de dez mil novos profissionais para as forças de segurança disse que as necessidades de cada uma ainda não está fechada, mas já está identificado que por limite de idade vão sair das várias forças até 2023 cerca de oito mil pessoas.

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