A Efacec participa em mais uma missão espacial, a JUICE – JUpiter ICy Moons Explorer, a primeira de grande dimensão do programa de ciência “Cosmic Vision”, da European Space Agency (ESA), que será lançada esta quinta-feira dia 13 de abril.
A Efacec tem desenvolvido diversos projetos ao longo dos últimos 20 anos na área aeroespacial, sendo a sua participação na missão JUICE uma das mais relevantes. “Contribuiu ainda para outras três missões/ satélites: a ISS – International Space Station (EuTEMP), a Alphasat: TDP8 (CTTB e MFS) e a Bepicolombo (BERM)”, lê-se no comunicado.
O Juice fará uma viagem de cerca de oito anos até Júpiter, onde passará, no mínimo, três anos a realizar observações detalhadas ao próprio planeta e às suas luas Ganimedes, Calisto e Europa, onde se acredita que existam oceanos de água líquida sob as crostas de gelo à superfície. Esta missão permitirá explorar “o complexo ambiente de Júpiter e caracterizar as luas como objetos planetários e possíveis habitats”.
Nesta missão, “a Efacec, participará com a terceira geração de monitores de radiação, RADEM (RADhard Electron Monitor), o mais complexo equipamento do género alguma vez produzido para uma missão espacial”.
“Com o Radem, através da deteção, identificação, caracterização e direção da radiação solar, será possível melhorar os modelos existentes nessa zona do espaço, assim como identificar níveis e/ ou eventos de radiação e doses que possam ser críticos para outros instrumentos e sistemas da missão, ativando medidas de contingência”, explica a empresa.
A Efacec desenvolveu ainda, no âmbito desta missão, o instrumento JMU (JUICE Monitoring Unit), que “monitorizará a degradação do estado dos painéis solares da missão JUICE, através da aquisição dos principais parâmetros em células solares dummy, potenciando a otimização da gestão de energia a usar pela nave espacial durante toda a missão”.
Este equipamento registará, também, a dose total acumulada de radiação a que a nave espacial estará exposta, e alimentará a câmara de filmar, detalha a Efacec.
Com o JMU, através da monitorização da degradação dos painéis solares, “será possível uma melhor gestão da energia na chegada a Júpiter, onde a luz solar é pouca, para a realização das observações e estudos científicos desejados”.
“Trabalhando diretamente com o construtor do satélite – a Airbus – a Efacec reforçou a capacidade de liderar projetos de hardware de eletrónica de voo, TRL-9 (Technology Readiness Level), posicionando-se como fornecedor de primeira linha na cadeia de fornecimento”, refere a empresa liderada por Ângelo Ramalho.
A Efacec está em processo de reprivatização, havendo quatro candidatos na corrida. A decisão da escolha do vencedor caberá ao Governo.
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