[weglot_switcher]

EISAP critica “ataque pirata” de Ana Gomes ao Registo Internacional de Navios

A European International Shipowners Association of Portugal considerou que as afirmações “absolutamente levianas e cheias de generalidades” de Ana Gomes sobre o MAR e a frota de quase 600 navios que navegam pelo Mundo arvorando a bandeira Portuguesa “não são próprias de uma ex-diplomata e ex-eurodeputada que tinha a obrigação de conhecer em maior profundidade as matérias que regulam esta atividade antes de se pronunciar sobre as mesmas”.
4 Junho 2020, 09h15

A European International Shipowners Association of Portugal (EISAP) criticou o “ataque pirata”, e os comentários “lamentáveis, irresponsáveis e ignorantes” que Ana Gomes, antiga eurodeputada eleita pelo PS, sobre os navios que estão registados no Registo Internacional de Navios (MAR).

“As afirmações absolutamente levianas e cheias de generalidades da Dra. Ana Gomes sobre o MAR e a frota de quase 600 navios que navegam pelo Mundo arvorando a bandeira Portuguesa não são próprias de uma ex-diplomata e ex-eurodeputada que tinha a obrigação de conhecer em maior profundidade as matérias que regulam esta actividade antes de se pronunciar sobre as mesmas. Se não conhece é porque não coloca as questões junto das entidades certas e da forma séria”, considerou a EISAP.

A EISAP diz ainda que Ana Gomes “parece não considerar relevante” que navegar sob uma bandeira europeia deve ser a escolha natural para os armadores europeus, acrescentando que Portugal tem oportunidades que “não deve descurar” se quer continuar a ser um agente político e económico relevante no sector do transporte marítimo.

“Todos estamos conscientes de que Portugal não terá a médio prazo capacidade de desenvolver uma indústria própria de transporte marítimo de carga com expressão a nível internacional. Mas nada nos impede de, havendo vontade e visão política tal como acontece em tantas outras indústrias, nos podermos posicionar como um hub de conhecimento e de serviço de referência e por essa forma atrair o interesse económico internacional”, reforça a EISAP.

A EISAP questiona se a antiga eurodeputada socialista sabe que a bandeira portuguesa “é inspecionada de acordo com as convenções internacionais e regulamentações nacionais”, que “o fato de os navios terem portos de registo diferentes não altera a sua segurança, inspeção e conformidade com todas as convenções internacionais e leis nacionais dessa atividade altamente regulamentada”, que o MAR tem critérios de alta qualidade que “estão entre os mais elevados da indústria e que por isso a bandeira de Portugal se encontra em todas as ‘listas brancas’ do mundo”.

A Associação pergunta ainda se Ana Gomes sabe que o facto de Portugal ter sob a sua bandeira uma frota de quase 600 navios, com arqueação bruta de perto de 20 Milhões de toneladas “confere ao nosso país mais poder de representação e influência em matéria de transporte marítimo, zona económica exclusiva, etc., na UE e junto de organizações do setor, nomeadamente a IMO (Organização Marítima Internacional) e a EMSA (European Maritime Safety Agency), cuja sede fica, curiosamente, em Lisboa”, e que quantos mais navios forem registados no MAR “maior o potencial de empregos directos e indirectos que podem ser criados em Portugal por via da necessidade de contratação de inúmeros serviços associados como como empresas de manning (gestão de tripulações), seguros, registos e notariado, serviços especializados como consultores ou advogados para representação local, etc”, e que para além da receita que o MAR representa para a Madeira “também a Administração Marítima Portuguesa (e como tal, o orçamento de estado nacional) regista importantes receitas por via das taxas e certificações que cobra aos armadores”.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/oe2019-municipios/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”895″ slug=”oe2019-municipios” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/oe2019-municipios/thumbnail?version=1545246555553&locale=pt-PT&publisher=www.jornaleconomico.pt” mce-placeholder=”1″]

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.