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Eleições em Moçambique serão renhidas, prevê Standard Bank

Para os analistas, o anúncio de um investimento inicial de 500 milhões de dólares para trabalhos preparatórios na Área 4, juntamente com a receita fiscal de 880 milhões de dólares que o governo vai receber no seguimento da transação entre as petrolíferas Occidental e Total, vão apoiar a recuperação do metical.
  • Maputo, Moçambique
13 Outubro 2019, 13h11

O gabinete de estudos económicos do Standard Bank considera que as eleições legislativas e provinciais de terça-feira em Moçambique vão ser “muito competitivas”, mas espera um ambiente pós-eleitoral mais tranquilo devido à descentralização política.

“As eleições gerais que se vão realizar a 15 de outubro vão, provavelmente, ser muito competitivas”, escrevem os analistas do banco Standard numa nota sobre Moçambique, na qual dizem esperar mais tranquilidade no período a seguir à votação.

“Ao mesmo tempo que nos mantemos confiantes que a descentralização política vá apoiar um ambiente mais pacífica a seguir às eleições, ainda continua por ver se as autoridades vão conseguir restabelecer a ordem e a paz nos distritos da província de Cabo Delgado, que viram uma escalada da violência relacionada com terrorismo nos últimos dois anos”, acrescenta-se na nota, a que a Lusa teve acesso.

Para os analistas, o anúncio de um investimento inicial de 500 milhões de dólares (450 milhões de euros) para trabalhos preparatórios na Área 4, juntamente com a receita fiscal de 880 milhões de dólares (800 milhões de euros) que o Governo vai receber no seguimento da transação entre as petrolíferas Occidental e Total, vão apoiar a recuperação do metical.

“Isto vai provavelmente persuadir o comité de política monetária do Banco de Moçambique a cortar as taxas de juro de forma mais agressiva do que o previsto anteriormente”, escrevem os analistas.

Mesmo com a previsível queda das taxas de juro, os analistas continuam “cautelosamente otimistas sobre a possibilidade de uma recuperação robusta do crescimento económico no próximo ano”, para o qual apontam uma expansão de 2,7%.

“A previsão reflete o impacto dos investimentos no setor do gás natural, mas ainda mostra um desempenho moderado para o resto da economia”, lê-se no documento, que prevê um “início lento” na atividade económica em 2020 devido à formação do novo Governo e aprovação do Orçamento do Estado para o próximo an

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