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Elisa Ferreira considera que “digitalização e conetividade” podem tornar a Europa mais coesa

A comissária portuguesa acredita que a tecnologia veio esbater as barreiras territoriais do sucesso dos cidadãos na União Europeia e tornar as fronteiras “menos determinantes” no seu futuro.
  • EPA/OLIVIER HOSLET
2 Dezembro 2020, 17h09

A comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, considera que a digitalização e conetividade podem contribuir para a construção de uma Europa “mais coesa”. A comissária portuguesa acredita que a tecnologia veio esbater as barreiras territoriais do sucesso dos cidadãos na União Europeia (UE) e tornar as fronteiras “menos determinantes” no seu futuro pessoal e profissional.

“Na Europa, a digitalização e conetividade pode redesenhar a dependência da geografia e torná-la menos relevante enquanto determinante do sucesso das regiões e das pessoas em função da região em que nascem”, referiu Elisa Ferreira, num painel sobre “uma Europa mais coesa”, no primeiro dia da Web Summit 2020 (que está a decorrer exclusivamente online).

Elisa Ferreira referiu que o papel das políticas de coesão é o de colmatar aquilo a que chamou de “falhas do mercado” e que as empresas do setor privado estão mais focadas em investir em zonas onde existe um forte aglomerado comercial. “O nosso propósito é que todo o território da UE seja coberto e que as pessoas não sejam deixadas para trás só porque nasceram por acidente numa região que não é um desses centros”, referiu.

A comissária europeia lembrou que é, por isso, que o Fundo de Transição Justa prevê uma aposta significativa no acesso à Internet e outras formas de conetividade. Este fundo, inserido no Pacto Ecológico Europeu, tem por objetivo “apoiar as pessoas e as regiões mais afetadas pela transição para a neutralidade climática, como as que dependem de combustíveis fósseis ou de processos com elevada intensidade carbónica”.

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