O diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade relembra que o crescimento do primeiro trimestre está em linha com as projeções da Comissão Europeia e vê uma possível depreciação do euro face ao dólar como beneficiando Portugal no imediato.
Como se explica que os países da periferia estejam a impulsionar o bloco euro?
Esta tendência de as economias do Sul estarem melhores do que as do Centro e Norte da Europa é um padrão que já se vinha verificando. Há algumas explicações um pouco conjunturais: foram economias que sofreram muito na pandemia com a questão do turismo e estão agora a recuperar, em particular neste sector. O próprio FMI já tinha referido que, afinal, aquilo que se temia de cicatrizes da pandemia, que deixasse marcas significativas, foram revistas em baixa. Isto dá ideia de que o impacto de médio-prazo acabou por ser bastante reduzido. Outro efeito é que economias menos intensivas em energia também estão a conseguir passar um pouco ao lado desta crise.
Como avalia este regresso ao crescimento na moeda única?
Olhando para as previsões de fevereiro da Comissão Europeia, as trimestrais apontam para 0,2% de crescimento, quando a leitura foi de 0,3%. A Alemanha, a grande preocupação, cresceu 0,2% e a previsão era 0,1%. Ou seja, estes números, sendo favoráveis, estão a uma décima do que a Comissão previa. Para Portugal, a diferença é um bocadinho maior, mas ainda assim. Estamos um bocadinho melhor do que se esperava, mas não é motivo para celebrar.
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