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Embaixador em Caracas destaca grande esforço no apoio aos portugueses

O embaixador de Portugal em Caracas, Carlos de Sousa Amaro, considerou que o país está a fazer um grande esforço para ir ao encontro das necessidades dos portugueses radicados na Venezuela.
10 Abril 2019, 08h00

O embaixador de Portugal em Caracas, Carlos de Sousa Amaro, considerou na terça-feira que o país está a fazer um grande esforço para ir ao encontro das necessidades dos portugueses radicados na Venezuela.

“Gostava de salientar o esforço que os portugueses em Portugal, que o nosso Governo, os nossos dirigentes, os nossos ministérios, nomeadamente o Ministério dos Negócios Estrangeiro e o Ministério da Saúde, têm feito para apoiar os portugueses aqui na Venezuela. É muito importante que os portugueses quer cá, quer noutras partes do mundo e em Portugal, tenham consciência do que estamos a fazer para ajudar a comunidade”, disse à Agência Lusa, na capital venezuelana.

As declarações de Carlos de Sousa Amaro foram feitas à margem da cerimónia da assinatura de uma carta-compromisso, entre o Governo de Portugal, o Centro Português de Caracas, a Associação Civil Amigos de Nossa Senhora de Fátima (de Los Teques, a sul de Caracas) e a Casa Portuguesa do Estado de Arágua, para prestarem cuidados de saúde aos portugueses na Venezuela.

No entanto, o embaixador admitiu que o processo de ajuda à comunidade “é complicado, nem sempre tão célere quanto gostaríamos, mas os portugueses na Venezuela não estão abandonados. Nós acompanhamo-los muito de perto e esforçamo-nos para ir ao encontro das necessidades, tanto quanto possível”.

O diplomata destacou ainda o compromisso assinado entre Portugal “e as associações que vão colaborar connosco numa rede de apoio médico e social, que está numa segunda fase, e que aproveitamos para lançar oficialmente”

“Nós temos recebido já há uns dois anos medicamentos que têm sido distribuídos pelos consulados e que também agora com o apoio dos médicos irão chegar a mais portugueses, nomeadamente aos mais carenciados, aqueles que mais precisam e que não podem pagar porque os poucos medicamentos que existem são muitíssimos caros e é tudo importado”, sublinhou.

Por outro lado, explicou que, em 2018, o Governo português avançou com um projeto piloto na área da saúde e que este ano, “como o senhor secretário de Estado (José Luís Carneiro) referiu na intervenção dele, temos já asseguradas umas largas dezenas de passagens aéreas para aqueles portugueses que possam ou queiram deslocar-se a Portugal para o tratamento nomeadamente oncológico e para outras doenças mais complexas, que não possam ter um tratamento adequado aqui na Venezuela”.

Acompanhado pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, e da secretária de Estado da Saúde, o ministro dos Negócios Estrangeiros assistiu, em Lisboa, por videoconferência para os consulados de Portugal de Caracas e Valência, à assinatura de Carta Compromisso para a prestação de cuidados de saúde à comunidade portuguesa na Venezuela.

O ministro dos Negócios Estrangeiros declarou que o Governo português não tem registo de mortes de cidadãos nacionais em consequência da falência do sistema de saúde na Venezuela, mas admitiu que possam ter ocorrido.

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