O Embaixador Volkan Bozkır, antigo ministro dos Assuntos da União Europeia e chefe de negociações e presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional da Turquia, foi eleito presidente da 75.ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Eleito com o apoio da esmagadora maioria dos Estados-membros da ONU que participaram na votação, o Embaixador Bozkır deverá assumir o cargo a 15 de Setembro de 2020 por um mandato de um ano. É a primeira vez, segundo nota oficial da diplomacia turca enviada para o JE, que um cidadão da República da Turquia assumirá esta posição no sistema das Nações Unidas.
A Turquia anunciou a sua candidatura à presidência da 75.ª sessão da Assembleia Geral em 2014 e o presidente Recep Tayyip Erdogan anunciou a candidatura do Embaixador Bozkır no seu discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas a 17 de Setembro de 2019. O Embaixador Bozkır participou no processo eleitoral como único candidato.
A Assembleia Geral das Nações Unidas, o único órgão em que todos os Estados-membros estão igualmente representados, “é o principal órgão decisório da ONU que serve como voz e consciência da comunidade internacional. Por este motivo, é da maior importância que a Assembleia Geral continue a cumprir o seu mandato de forma decisiva e eficiente no período que se avizinha”, refere o comunicado.
“O presidente da Assembleia Geral assume um papel de liderança em todo este processo e desempenha um papel conciliador que permite aos Estados-membros adoptar decisões relevantes sobre problemas globais e das soluções para os mesmos, na perspectiva de promover o multilateralismo e a cooperação internacional”.
Para a Turquia, é particularmente importante que o Embaixador Bozkır assuma as suas funções como Presidente da Assembleia Geral durante o 75.º aniversário das Nações Unidas “nestes tempos difíceis em que o sistema da ONU procura respostas eficazes para a pandemia da Covid-19”.
“Com este entendimento, estamos confiantes de que o Embaixador Bozkır, como diplomata e político experiente, cumprirá com êxito esta distinta responsabilidade e dará valiosos contributos para a paz e a estabilidade internacionais e para a superação deste período conturbado”.
Entretanto, a Assembleia Geral das Nações Unidas elegeu o Quénia para ocupar o único lugar dos países africanos no Conselho de Segurança da ONU entre 2021-2022, tendo perdido a votação o Djibouti, o outro país candidato.
Na primeira ronda de votação, que se realizou na quarta-feira, nenhum dos dois países conseguiu ter o mínimo de dois terços dos votos para ser eleito para o Conselho de Segurança da ONU. Na votação de hoje, o Quénia obteve 129 votos (contra 113 de quarta-feira) e Djibuti 62 (contra 78), tendo votado 191 dos 93 membros das Nações Unidas.
O Quénia vai substituir a África do Sul em janeiro no Conselho de Segurança da ONU. Ao contrário de anos anteriores, os países africanos não conseguiram chegar a um acordo para apresentar apenas um país candidato.
O Quénia tinha o apoio da União Africana, mas o Djibuti considerava ser uma prioridade devido ao princípio de rotação no lugar, uma vez que Nairobi já tinha estado duas vezes no Conselho de Segurança. Na quarta-feira, a Assembleia Geral da ONU elegeu a Índia, México, Noruega e Irlanda para os outros quatro lugares. O Conselho de Segurança da ONU tem 15 membros, cinco dos quais permanentes e dez não-permanentes.
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