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Portuense 33N Ventures lidera investimentos na Exein e StrikeReady

Fundo de capital fundado por Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva materializa compromisso de aposta em “empresas promissoras na área da cibersegurança” ao liderar rondas de investimento das empresas Exein e StrikeReady, que angariaram 15 e 12 milhões de euros, respetivamente.
33N
19 Julho 2024, 07h00

O fundo de capital de risco 33N Ventures anunciou que esteve à frente das rondas de investimento das empresas Exein e StrikeReady, num total de 27 milhões de dólares (cerca de 24,77 milhões de euros) .

Este investimento materializa o compromisso da empresa fundada por Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva de apostar em “empresas promissoras na área da cibersegurança”.

Sediada no Porto, a 33N Ventures, que conta como a gestora de ativos espanhola Alantra como parceira, foi fundada por Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva em 2022.

Em comunicado, o fundo europeu de capital de risco especializado em cibersegurança e infrastructure software revela que a italiana Exein, empresa de cibersegurança IoT (Internet of Things), captou 15 milhões de euros numa ronda de financiamento Série B, que contou com o envolvimento da Partech e dos investidores existentes United Ventures, eCapital e Future Industry Ventures.

Com esta angariação, a Exein “impulsionará o ambicioso plano de expansão global na Europa, EUA e Ásia, contando com um novo escritório em Taipei para liderar o crescimento na região”, refere o comunicado da 33N, segundo o qual o número de trabalhadores da Exein deverá duplicar em 2025.

Quanto à StrikeReady, sediada nos EUA, está em causa uma ronda de Série A de 12 milhões de dólares.

Liderada pela 33N, na ronda participaram, ainda, a alemã Hitachi Ventures, a norte-americana Monta Vista Capital, bem como Brian NeSmith, fundador, presidente executivo e antigo CEO da Arctic Wolf e Rod Beckstrom, antigo CEO da ICANN e diretor fundador do Centro Nacional de Cibersegurança dos EUA (atual Cybersecurity and Infrastructure Security Agency, CISA).

Carlos Alberto Silva, cofundador e managing partner da 33N Ventures, destaca o “entusiasmo” pelos investimentos liderados pela empresa que cofundou, citado em comunicado.

“Estamos entusiasmados pelos investimentos que temos efetuado, liderando rondas de investimento em empresas promissoras na área da cibersegurança em parceria com investidores de referência global”, diz  o managing partner da 33N Ventures.

A 33N consegue, a partir de Portugal, “afirmar-se como um parceiro de referência em mercados dinâmicos de venture capital como o americano ou o europeu, de que são prova a liderança das últimas rondas de investimento onde participamos”, sublinhou.

Carlos Alberto Silva justifica, ainda, a aposta na Exein com o apoio que a empresa tem vindo a dar ao sector da cibersegurança.

“O investimento na Exein reflete o nosso compromisso de apoiar as empresas de cibersegurança mais inovadoras da Europa e do mundo. Há um crescimento exponencial no número de dispositivos conectados, especialmente em indústrias de alto risco, como robótica, infraestruturas espaciais e biotecnologia, as quais requerem segurança de última geração”, destaca o managing partner da 33N Ventures.

“A Exein percebeu esta oportunidade muito antes de qualquer outra empresa no mercado”, defende o mesmo responsável, citado em comunicado, recordando que “o aumento da pressão regulatória em todo o mundo” resultará num aumento da “procura por segurança incorporada nos dispositivos”, “mercado crítico” no qual a Exein se apresenta como “bem posicionada”.

“A StrikeReady está a revolucionar as operações de cibersegurança em organizações onde estas atividades atingem uma complexidade significativa, com a sua inovadora plataforma baseada em IA”, explica a 33N Ventures.

Esta solução única e independente integra-se com as ferramentas de segurança existentes nos clientes, unificando todo o stock tecnológico. O centro de comando da StrikeReady torna as equipas SOC (Security Operations Center) mais eficientes e eficazes, ao unir, centralizar e automatizar as operações, promovendo decisões mais inteligentes e rápidas e permitindo o foco na defesa proativa”, destaca a mesma nota enviada ao Jornal Económico (JE).

No início do ano, a 33N, que soma já quatro investimentos, anunciou que captou 50 milhões de euros, “com contribuições significativas da Caixa Capital, Golden Wealth Management e de fundadores de empresas incluídas nos portfolios anteriores da equipa” para investir em cibersegurança e software.

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