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“Emergência ambiental”. Reino Unido reforça combate às alterações climáticas

Depois de um crescente número de manifestações pelo clima, os deputados do Parlamento britânico aprovaram uma moção para declarar emergência climática. O Reino Unido é o primeiro país a fazê-lo.
2 Maio 2019, 18h08

O Parlamento britânico aprovou esta quarta-feira uma moção, sem efeitos vinculativos, que reconhece a necessidade de reforçar o combate às alterações climáticas e à poluição. O líder trabalhista Jeremy Corbyn, que apresentou a moção, disse que foi “um grande passo à frente”.

Esta declaração de emergência foi uma das principais exigências impostas ao governo pelo grupo ativista ambiental Extinction Rebellion, e que foram um dos motes a uma onda de protestos nas últimas semanas.

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A moção prevê que o Governo desenvolva novas medidas para neutralizar as emissões de carbono até 2050, aumentar o consumo de energias renováveis e minimizar o desperdício.

O secretário do Ambiente britânico Michael Gove explicou que a legislação a ser introduzida “em breve” pelo Governo vai estabelecer os “mais altos padrões de protecção ambiental”. Haverá uma “mudança radical” na forma de enfrentar “os desafios da mudança climática” e “uma degradação ecológica mais ampla”.

“Comprometemo-nos a trabalhar o mais próximo possível dos países que estão decididos a acabar com a catástrofe climática e deixar claro ao presidente dos EUA, Donald Trump, que ele não pode ignorar os acordos internacionais e a ação sobre a crise climática”, cita a “BBC” as declarações de Jeremy Corbyn.

“Não temos tempo a perder”, continuou Corbyn, reforçando a ideia de que já não se trata de um cenário “do futuro distante”. “Estamos a viver uma crise climática que irá acentuar-se de forma perigosa e descontrolada, a não ser que tomemos medidas rápidas e radicais”.

O movimento trabalhista também pede ao governo que atinja as emissões zero antes de 2050,que os ministros delineiem propostas urgentes para restaurar o ambiente natural do Reino Unido e oferecer uma “economia de lixo zero” nos próximos seis meses.

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