[weglot_switcher]

Emirates diz ser “inegável” a importância da construção de um novo aeroporto de Lisboa

“Eu acho que um novo aeroporto acaba sempre por ajudar todos, acho que é inegável até para o próprio país e claro que a Emirates podia beneficiar disso”, admitiu David Quito.
9 Julho 2022, 12h36

O diretor-geral da Emirates em Portugal, David Quito, destacou a importância da construção de um novo aeroporto internacional na região de Lisboa, à margem da celebração dos 10 anos da companhia aérea no país.

“Eu acho que um novo aeroporto acaba sempre por ajudar todos, acho que é inegável até para o próprio país e claro que a Emirates podia beneficiar disso até a nível de questões horárias e de frequência de voo”, disse David Quito, sem indicar qual é que considera ser a localização ideal para a construção da nova estrutura.

A discussão em torno do local de construção do aeroporto que poderá substituir o Aeroporto Humberto Delgado, na Portela (Lisboa), dura há várias décadas e adensou-se nas últimas semanas, depois de o ministro Pedro Nuno Santos ter anunciado que seria o Campo de Tiro de Alcochete (que pertence à Força Aérea) a acolher a nova estrutura. No entanto, o primeiro-ministro desautorizou o ministro nesta decisão, afirmando – um dia depois – que a decisão não estava tomada e que estaria aberto a debater com a oposição todas as outras opções (Montijo – para onde está projetada a construção de um aeroporto complementar na base aérea – mas também Alverca, Sintra, Ota, etc).

Quanto aos congestionamentos que têm existido no aeroporto Humberto Delgado, o diretor-geral da Emirates explicou que, da parte da companhia aérea, não existiram cancelamentos.

“A Emirates continua com uma operação diária entre o Dubai e Lisboa e não temos sentido qualquer constrangimento com o voo a chegar até antes do horário. Portanto, a nossa operação decorre com toda a normalidade”, assegurou.

Nesta matéria, David Quito sublinhou que o “segredo” da companhia aérea para a ausência de cancelamentos reside no facto de funcionarem como “uma máquina muito oleada”.  “Portanto, não temos tido cancelamentos nem em Portugal, nem noutros países e acho que também tem a haver com esta forma de crescer em função da procura, dar passos mais pequenos que é algo em que a Emirates está a reaprender com a questão da pandemia”, disse.

Sobre o caos que tem sido vivido nos aeroportos, o diretor-geral da Emirates disse ainda que preferia referir-se a estes problemas como “desafios” e atribuiu-os ao crescimento do turismo.

“Realmente o aeroporto é um reflexo daquilo que aconteceu nos últimos anos a nível de crescimento de turistas. Isso reflete-se claro no aeroporto. Portugal cresceu muito desde 2018 a nível do turismo, isso é notório ao nível do números”, frisou.

Relativamente a possíveis problemas que pudessem existir entre a Emirates e a ANA, David Quito rejeitou essa ideia a admitiu querer “continuar a trabalhar com os nossos parceiros”.

Ainda em entrevista aos jornalistas, David Quito anunciou que a empresa vai voltar a contratar pessoas em setembro e também vai retomar frequências em Lisboa e rota no Porto. “Vamos começar a 1 de agosto com 4 frequências extra por Lisboa e o Porto será em princípio em 2024″, afirmou David Quito, acrescentando que a Emirates também espera explorar o mercado asiático, mas não por agora”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.