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Emissão de dívida em moeda chinesa avança até junho

Portugal prepara-se para colocar 377 milhões de euros em Obrigações em renminbi para alargar a base de investidores. A data exata irá depender das condições de mercado, do apetite dos investidores e das necessidades de financiamento do país.
19 Outubro 2018, 10h15

A primeira emissão de dívida portuguesa em moeda chinesa deverá acontecer até ao final do primeiro semestre de 2019. O objetivo é diversificar a base de investidores que financiam a República e o Jornal Económico apurou que o montante das operações poderá chegar aos 377 milhões de euros no conjunto do ano.

“É um mercado que está a crescer muito, com uma dimensão já neste momento é muito significativa. Portanto estar nesse mercado e ser o primeiro país da área do euro a emitir nesse mercado é algo que nos orgulha, até pelas ligações históricas de Portugal ao Extremo Oriente”, explicou Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças, em entrevista ao Jornal Económico.

A emissão deste tipo de títulos, conhecidos como panda bonds, foi anunciada pelo Governo em setembro de 2017 e já tem autorização do banco central da China, mas até agora ainda não aconteceu. Mourinho Félix afirmou que a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP está ainda a trabalhar na emissão, “mas deverá ser no primeiro semestre do próximo ano com uma probabilidade elevada”.

O secretário de Estado não especificou qual o montante indicativo para a operação, ou se será realizado em uma ou várias colocações, mas está inscrito na proposta do Orçamento do_Estado para 2019 que o Tesouro pretende emitir 377 milhões de euros em dívida denominada em moeda que não euro. Apesar de Portugal ter Obrigações em dólares, o Jornal Económico sabe que todo esse montante está planeado para títulos na divisa chinesa, que deverão totalizar os três mil milhões de renminbi, à taxa de câmbio atual.

A data exata para a emissão irá depender das condições do mercado. “Temos que avaliar no momento da primeira emissão qual é o apetite dos investidores e também quais são as nossas necessidades de financiamento”, disse Mourinho Félix.

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