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Emissões de gases de efeito estufa atingiram novo máximo em 2020

A associação mostra mesmo que a subida das emissões, e eventual concentração e acumulação, vai continuar a aumentar as temperaturas, fazendo o contrário ao perspetivado no Acordo de Paris.
25 Outubro 2021, 12h05

O mundo entrou em suspenso com a pandemia, com a indústria de muitos países a parar, a par dos transportes, e de parte da população ter estado em teletrabalho, mas isso não impediu que a emissão de gases de efeito estufa crescessem para um novo máximo em 2020, revelam dados da Organização Meteorológica Mundial citados pela “BBC”.

De facto, foi a acumulação de emissões que fez com que o novo máximo fosse atingido. O mundo viu a concentração de CO2, metano e óxido nitroso subir mais que a média anual dos últimos dez anos. A associação mostra mesmo que esta subida vai continuar a aumentar as temperaturas, fazendo o contrário ao perspetivado no Acordo de Paris.

“Ao crescente ritmo atual de concentração de emissões de gases, vamos ver a temperatura crescer até ao final do século, muito além do objetivo de 1,5ºC a 2ºC acima de níveis pré-industriais inscritos no Acordo de Paris”, apontou o secretário-geral Petteri Taalas. “Estamos muito fora da trajetória”, avisou.

De acordo com os dados, as emissões de CO2 diminuíram 5,6% durante a pandemia, mas o aumento dos últimos anos fez com que as emissões continuassem a ser acumuladas na atmosfera. Assim, as árvores, terras e oceanos não têm capacidade suficiente para capturar emissões poluentes suficientes.

A organização aponta que o CO2 atingiu 413.2 partes por milhão na atmosfera no ano passado, situando-se agora 149% acima do nível pré-industrial. A maior preocupação dos cientistas é o aumento constante de temperaturas e as repercussões que estas podem ter nas fontes naturais, no planeta e no bem-estar das pessoas.

Os dados da Organização Meteorológica Mundial chega dias antes do começo da COP26 em Glasgow, onde as alterações climáticas serão discutidas entre os maiores líderes mundiais.

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