Embora a pandemia tenha resultado num aumento do desemprego em Portugal, um estudo conduzido pela empresa de recursos humanos Hays revelou que mais de metade das entidade empregadoras portuguesas pretende avançar com um reforço dos recursos humanos nas empresas em 2021.
De acordo com o Guia do Mercado Laboral 2021, divulgado esta quarta-feira, 75% de empregadores pretende contratar mais colaboradores para os setores comerciais, de tecnologias da informação, de engenharia e de marketing e comunicação.
Entre os motivos mais referidos pelos empregadores para as contratações em 2021, destacam-se o crescimento do negócio em território nacional, mas também a recuperação do negócio no período pós-Covid-19.
Mais de metade dos empregadores (54%) acredita que a flexibilidade em modelos de trabalho remoto será fundamental para garantir a produtividade em 2021. No entanto, a aplicação desta forma de trabalho está pouco definida para cerca de metade das empresas inquiridas, sendo implementada consoante as necessidades.
Quanto à localidade, a percentagem de empresas que pretendem recrutar é superior na região Centro (80%) enquanto nas regiões Norte e Sul do país a percentagem se situa nos 74%.
Por outro lado, estudo da Hays informa que a percentagem de profissionais que consideram mudar de emprego situa-se agora nos 79%, o valor mais alto desde 2014. O salário é o fator que mais motiva esta mudança (68% dos profissionais), logo seguido das perspetivas de progressão de carreira (67%) e a procura por projetos mais interessantes (60%).
A grande maioria dos profissionais qualificados encontra-se insatisfeita no seu emprego atual, sobretudo no que diz respeito a perspetivas de progressão, prémios de desempenho e pacote salarial. Os profissionais do setor a retalho são os que revelam maior disponibilidade para mudar de emprego em 2021.
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