A Empresa de Eletricidade da Madeira está a investir 10,6 milhões de euros na criação da Central de Baterias da Madeira, que deverá estar pronta em junho do próximo ano.
Esta Central enquadra-se na estratégia regional de melhoria da integração de eletricidade a partir de fontes de energia renovável, através da redução da potência térmica, garantindo a segurança de exploração do sistema elétrico, a melhoria da eficiência do sistema electroprodutor e a redução das emissões de CO2.
Este sistema, com uma potência e capacidade de energia previstas a instalar de 22,5MVA/15,6MWh, respetivamente, visa complementar o sistema electroprodutor da ilha da Madeira, com recurso a baterias de tecnologia de iões de lítio e eletrónica de potência avançada.
Isto vai permitir a otimização dos ativos de geração próprios e a integração de mais energia “verde”, aumentando assim a quota de energias renováveis na mistura energética de produção regional, sendo um importante contributo para a meta dos 50% de eletricidade renovável, a alcançar nos próximos anos.
A maior parte do investimento que está a ser feito incide na construção da central de baterias propriamente dita, adjudicada no princípio deste ano ao agrupamento Siemens/Fluence, sendo cofinanciado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO-SEUR/EU), Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo de Coesão, num montante de cerca de seis milhões de euros.
O eixo prioritário é apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono em todos os setores e desenvolver a promoção da produção e distribuição de energia proveniente de fontes renováveis.
Adicionalmente, a integração desta Central de Baterias de engenharia avançada no sistema electroprodutor da Ilha da Madeira irá, também, proporcionar serviços de sistema, através da resposta imediata de potência, permitindo reduzir o número mínimo de geradores térmicos (pelo menos um grupo gerador), que asseguram os critérios mínimos de segurança de exploração da rede (reserva girante e resposta primária) e reduzir os custos de manutenção do parque térmico.
Permite também apoiar o controlo primário de frequência, bem como ajustes temporários de potência, possibilitando o adiamento do arranque ou da paragem de grupos térmicos, face à incerteza e volatilidade das fontes de energia renovável, como a eólica e a fotovoltaica e apoiar o arranque do sistema de bombagem.
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