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Empresa portuguesa forneceu estrutura de proteção a Chernobyl

Fundada em 1971, a Metalogalva emprega 650 pessoas, tem operações em 11 países, um volume de negócios de 80 milhões de euros e exporta 72% da sua produção.
19 Maio 2017, 17h18

A empresa portuguesa Metalogalva foi uma das fornecedoras da solução para a estrutura de proteção ao reator nuclear que explodiu na central nuclear de Chernobyl, a 26 de abril de 1986.

A Metalogalva, do grupo Vigent, é a empresa responsável pela produção de torres de 30 metros com coroa móvel para o interior e exterior desse arco e também pelo fornecimento de colunas de iluminação pública para a área circundante.

Essa estrutura “foi inaugurada recentemente e (…) pretende trazer a tão desejada esperança de segurança nuclear na Europa”, sublinha um comunicado da Metalogalva.

De acordo com os responsáveis da empresa, “trinta anos passados sobre o desastre de Chernobyl, e ao fim de longos anos de obra, ficou finalizada, no local, aquela que se diz ser a maior estrutura amovível construída em terra”.

Trata-se de um arco em aço que cobre o reator e o chamado “sarcófago” criado a seguir ao acidente.

“Esta construção tem como objetivo proteger das fugas de radiações da central nuclear e o investimento ascende aos 1.500 milhões de euros”, adianta o referido comunicado.

O metro de Dublin é outro exemplo recente de projeto de internacionalização da Metalogalva, em que a empresa portuguesa é o fornecedor exclusivo de catenárias para esta fase do metro de superfície da capital irlandesa, com inauguração prevista para junho.

Fundada em 1971, a Metalogalva emprega 650 pessoas, tem operações em 11 países, um volume de negócios de 80 milhões de euros e exporta 72% da sua produção.

A Metalogalva é a mais antiga empresa do Vigent Group, reclamando ser líder nacional em engenharia e proteção de aço e um dos principais ‘players’ europeus na produção de colunas de iluminação pública e de outras estruturas para transporte de energia, renováveis, telecomunicações, rodovias, ferrovias e galvanização a quente.

A empresa conta atualmente com unidades industriais em Portugal, Ucrânia e Argélia e tem participado em projetos internacionais de grande relevância.

 

Nos seus planos de crescimento, a Metalogalva prevê investir quatro milhões de euros só em 2017 e chegar aos 100 milhões de euros de volume de negócios até 2019.

A Metalogalva faz parte da holding Vigent Group, “um grupo que tem sido capaz de impulsionar fortemente o crescimento das suas empresas, dentro e fora do país, levando a que mais de 50% da sua atividade seja desenvolvida no ou para o mercado externo”.

O volume de negócios do Vigent Group tem vindo a aumentar, sendo que em 2016 subiu 19% em relação ao ano anterior, atingindo um total de 230 milhões de euros, dos quais cerca de 80 milhões de euros são da responsabilidade da Melalogalva.

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