Empresas chinesas são líderes na produção de chips semicondutores

Durante a pandemia os chips semicondutores tornaram-se muito cobiçados por todas as empresas de tecnologia. Atualmente os chips têm um papel principal na sofisticação e no alcance de muitos bens tecnológicos, sendo chave para algumas armas e para a Inteligência Artificial (IA).

Apesar de termos vivido uma época de escassez de chips, hoje o problema parece estar parcialmente resolvido e vivemos uma crescente ‘guerra’ na produção de chips entre o Ocidente e a China.

Atualmente as empresas líderes em patentes relacionadas com microchips são chinesas, a Tencent e a Baidu, que superaram as empresas norte-americanas IBM, Microsoft e Alphabet. Isto reflete o progresso que as ‘gigantes chinesas’ têm alcançado em poucos anos.

Este rápido crescimento das ‘gigantes chinesas’ tem trazido preocupações aos Estados Unidos, que pela primeira vez em décadas enfrentam um oponente no que toca à liderança tecnológica. Para evitar que sejam ultrapassados, os Estados Unidos estão a desenhar uma espécie de cordão sanitário que visa impedir que Pequim aceda aos microchips de última geração, que são essenciais para tornar possíveis as patentes associadas à IA.

Em 2022 os Estados Unidos aprovaram a lei de Ciência e Chips, com o objetivo de impulsionar a sua indústria de semicondutores, ao mesmo tempo que restringiam a capacidade de fabricação de chips avançados na China. Também em 2022, os Estados Unidos impuseram restrições a limitar os envios de equipamentos de produção por empresas americanas e proibiram a expansão da fabricação de chips abaixo de 28 nanómetros na China e na Rússia.

Estas medidas restritivas já se mostraram eficazes em casos como a Huawei, mas ainda não foram totalmente eficazes a cancelar o avanço da China e das suas empresas, segundo informam os especialistas ao jornal “El Economista”.

O Japão e os Países Baixos pretendem aliar-se às medidas dos Estados Unidos, para aumentar a sua eficácia.