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Empresas familiares identificam seis pontos para dar robustez ao Plano de Recuperação e Resiliência

O presidente da Associação das Empresas Familiares considerou que o plano “deve de ultrapassar a sua filosofia de apoio, conceito generoso e que lembra a caridade, para uma filosofia de ação empreendedora e libertadora, geradora de prosperidade a longo prazo”.
1 Março 2021, 18h49

A Associação das Empresas Familiares (AEF) identificou seis pontos para fortalecer o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que vão desde a introdução de métricas que o meçam até à agilização e aumento da rapidez da administração do Estado.

Peter Villax, presidente da AEF, considerou “O PRR uma oportunidade importante para Portugal”. “Mas deve de ultrapassar a sua filosofia de apoio, conceito generoso e que lembra a caridade, para uma filosofia de ação empreendedora e libertadora, geradora de prosperidade a longo prazo”, completou, num comunicado enviado esta segunda-feira à imprensa.

Assim, a associação avaliou quais seriam as seis formas de fazer de robustecer o PRR. A primeira remete para a introdução de “métricas concretas para se medir o desempenho do PRR”. “Na sua versão atual, o PRR é uma extensa lista de compras que não identifica os impactos esperados para a Economia, mas sim um rol de investimentos a fazer em equipamentos e infraestruturas concretas”, apontam os representantes das empresas familiares na mesma nota.

“A subsistir esse enfoque no sector público, deve ser precedido por uma análise macroeconómica, hoje inexistente, sobre as suas externalidades económicas”, explica a AEF, acrescentando que o sector privado deve ser privilegiado.

A segunda proposta da associação prevê uma economia verde e defendeu que fosse elaborado um calendário para a descarbonização. Em terceiro lugar, a associação pede que sejam apresentados objetivos para o aumento de produtividade associados às medidas de transformação digital. Nesta área, a representante de empresas familiares quer que seja avaliada uma reconversão dos postos de trabalho.

A quarta medida que visa o fortalecimento do PRR é a de apresentação de “um plano concreto para o aumento das exportações”. “O PRR apresenta uma meta para as exportações atingirem em 2026 um valor igual a 50% do PIB, ou seja, quase que duplicar o valor de hoje. Essa meta é possível se o PRR identificar as medidas para o atingir, que não faz”, explica a AEF.

No fim da lista de propostas da Associação, propões que se invista na Indústria, mas também que se agilize e aumente a rapidez da administração do Estado. “Portugal precisa que os prazos das sentenças judiciais e dos licenciamentos industriais sejam reduzidos para metade”, pede a AEF.

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